O mês de março terá 7 julgamentos de casos como homicídio qualificado, feminicídio e ocultação de cadáver. As sessões têm início às 8 horas e são abertas ao público. Entre os júris deste mês há casos que tiveram grande repercussão, como a morte de Márcia Catarina Lugo Ortiz.

O acusado, Carlos Fernandes Soares, vai a julgamento no dia 18. O crime aconteceu em 2021. Márcia foi encontrada morta, em um banco de areia, abaixo da ponte de um córrego, na BR-262, na tarde do dia 8 de outubro, horas após desaparecer. Ela estava com um tiro na testa.

Márcia era casada com um policial civil aposentado. As investigações revelaram que Carlos matou a amiga após atraí-la para um suposto flagrante de traição do marido dela. No trajeto, o réu teria atirado na testa da vítima. 

Eles estavam em um carro SW4 alugado por ele. Depois de matar a vítima, Carlos levou o veículo para a um lava-jato, uma serralheria e a uma tapeçaria para consertar os danos causados pelo disparo. A polícia constatou que Carlos fez várias transferências bancárias, além de compras pagas com cartão de Márcia. Dias depois, ele foi preso em um Hotel em Dourados.

Ezequiel Gomes Pereira foi assassinado com três facadas no Jardim Presidente, em Campo Grande. Na época, o acusado era atual marido da ex-esposa da vítima. A vítima, que tinha 29 anos, morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino. 

Conforme testemunhas relataram à polícia, Ezequiel chegou à residência em uma bicicleta e sem proferir nenhuma palavra teria dado um tapa no rosto do acusado, neste momento, o homem pegou uma faca que tinha na cintura, correu atrás da vítima e efetuou vários golpes.

Na próxima sexta-feira (8), Samir Ferreira Amorim vai a julgamento pela morte de Milton dos Santos. E no dia 15 deste mês, vai a júri o Renato Henrique Fernandes Siqueira pelo crime de feminicídio. A vítima, Alexsandra Galvão de Arruda, foi estuprada e morta pelo marido

O crime aconteceu no dia 13 de novembro de 2022, no Jardim Centro Oeste. Alexsandra foi encontrada seminua, com sua blusa levantada na altura dos seios e o short abaixo do tornozelo, sem roupas íntimas, quase degolada.

A faca utilizada no crime, foi localizada em um forno elétrico, sobre a pia da cozinha, e o autor aparentemente tentou lavá-la. O objeto também foi periciado.

Na manhã do dia 20, Railson de Melo Ponte será julgado pelo assassinato do estudante Danilo Cezar de Jesus Santos. O crime aconteceu no início de março do ano passado, em Campo Grande, e foi descoberto após o estudante ficar desaparecido por três dias.

Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Danilo saiu com os amigos e foi até uma boate, onde permaneceu até a manhã do dia 5 de março. Na saída, foi abordado pelo suspeito.

Ainda segundo relatado pela denúncia, os dois teriam combinado um programa sexual. Assim, saíram dali a caminho de um terreno baldio, na Rua Alan Kardec. Neste terreno, os dois teriam mantido relação sexual e, durante o ato, Danilo foi morto. 

O que o MPMS aponta é que o acusado, conhecido como ‘Maranhão’, estaria em desacordo com a forma de pagamento do programa. Então, aproveitou um momento em que Danilo estaria de costas e deu o golpe mata-leão. Depois, ainda golpeou a vítima na cabeça, com objeto contundente.

Esse golpe teria provocado traumatismo craniano, causa da morte de Danilo. Após o assassinato, o criminoso ainda deixou o corpo da vítima em uma vala, para tentar ocultar.

Só após os vários dias de buscas, o corpo de Danilo foi encontrado no terreno. O acusado foi preso no mesmo dia, após ser identificado por imagens de câmeras de segurança.

O último julgamento do mês será no dia 27, com um caso de grande repercussão. Vai a júri Tamerson Ribeiro Lima de Souza pelo feminicídio de Natalin Nara Garcia Freitas. Na época, o réu era segundo-sargento militar da Aeronáutica. 

O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de fevereiro, na residência do casal, na Rua Dorothea de Oliveira, no Residencial Oliveira. Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha. 

Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão’. Natalin foi morta por asfixia mecânica. A filha do casal esteve na residência todo o tempo durante o crime. 

Tamerson então enrolou o corpo da esposa em um lençol e colocou no porta-malas do carro. Na manhã seguinte, ele ainda levou a filha de apenas 4 anos para a escola, com o corpo da mãe no veículo. Depois, dirigiu até a Rodovia BR-060, onde desovou o corpo da esposa em um matagal.