caminhoneiro, de 67 anos, que dirigia a carreta bitrem de 9 eixos envolvida em acidente com dois mortos na BR-163, vai responder por omissão de socorro em liberdade. Ele foi preso no sábado (24) por deixar o local após o acidente, mas foi liberado em audiência de custódia neste domingo (25).

A audiência de custódia ocorreu na manhã de domingo e, segundo o advogado Alício Garcez Chaves, do caminhoneiro, o Ministério Público decidiu pela liberdade provisória do homem. Conforme a defesa, firma que o motorista ficou abalado e, por isso, seguiu com a carreta por alguns metros, onde parou para entrar em contato com a empresa, na qual trabalha.

“Ele ficou em choque e seguiu por alguns metros para ligar na empresa e informar sobre o acidente. Logo depois ele voltou, mas por ter deixado o local, o delegado entendeu que houve omissão de socorro e o prendeu. Como nesse caso a pena para homicídio culposo na direção de veículo automotor é aumentada, o delegado não pode arbitrar fiança”, explica o advogado.

Para o delegado Felipe Paiva, que atendeu a ocorrência, o motorista não poderia ter deixado o local. “O caminhoneiro disse que deixou o local para se recompor e depois retornou, no entanto, ao ver que a concessionária responsável pela administração da rodovia fazia o atendimento, voltou para a carreta, mas ele tinha por obrigação permanecer no local e acionar o socorro”, pontua.

Casal morreu em acidente

Alex Santana, de 33 anos, e Patrícia Brito Valensuela, de 34 anos, morreram no acidente na manhã de sábado (24), na BR-163, em Campo Grande. O casal estava em um veículo Honda City e bateu em uma carreta bitrem de 9 eixos, que saia de um posto de combustível às margens da rodovia.

O acidente aconteceu por volta das 5h30 deste sábado. O motorista da carreta fazia o contorno para entrar na rodovia, sentido São Paulo, quando foi atingido pelo Honda City que seguia em direção a Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, o veículo Honda City era conduzido por Alex. Patrícia seguia no banco do passageiro. As vítimas não resistiram ao impacto da colisão e morreram no local.

Nas redes sociais, amigos e familiares disseram que Alex e Patrícia eram caminhoneiros e moravam em Campo Grande. A mulher deixa três filhos. Após o acidente, diversas homenagens foram publicadas.

“Por que com vocês? Vou sempre te amar, meu amor, parte de mim, meu 1/3. A gente dividiu até a barriga, mas agora não vamos mais dividir as nossas vidas. Dirige aí no céu com o pai, ele tá te esperando. Meu amor”, publicou uma das irmãs trigêmea de Alex.