Bebê morta por desnutrição só comia mingau e estava dois quilos abaixo do peso ideal
Mãe foi presa em flagrante e tentou jogar a culpa na avó, que desmentiu versão à polícia
Lívia Bezerra –
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A bebê, de dois meses, que morreu por desnutrição em Ribas do Rio Pardo, a 97 quilômetros de Campo Grande, nessa segunda-feira (8), só comia mingau e estava com 2 quilos abaixo do peso ideal para sua idade. A mãe da criança foi presa e passa por audiência de custódia nesta tarde de terça-feira (9).
Conforme a delegada Paula Barreto, responsável pelo caso, a mãe e a avó prestaram depoimento na delegacia de Polícia Civil da cidade. A mulher disse que não faz ideia do que motivou a morte da criança, e que era a sua mãe – avó da bebê – quem cuidava da menina. Além disso, ela alegou que não sabia do estado de desnutrição ou desidratação da filha.
No entanto, a avó da criança contradiz a versão contada pela mãe. “Alegou que de fato ajudava na criação, mas não impedia a mãe de cuidar da filha. Disse que estavam alimentando a criança com mingau de maisena e água”, explicou a delegada.
Outra informação repassada pela delegada é a de que a criança estava pesando 3 quilos. Porém, o peso normal para sua idade é de 5 quilos, segundo explicou o médico à Polícia Civil.
A mãe foi presa em flagrante por homicídio qualificado por ser praticado contra menor de quatorze anos, na modalidade comissiva por omissão, em razão da mãe ser garantidora legal da criança.
A permanência dela na prisão dependerá da decisão da juíza após o término da audiência de custódia nesta terça-feira (9).
Relembre o caso
A bebê, de apenas dois meses, morreu no Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues, em Ribas do Rio Pardo, nessa segunda-feira (8). Diante disso, a mãe foi presa por não alimentar corretamente a filha.
No hospital, a mulher foi questionada pelo médico sobre a alimentação da filha e admitiu que nunca amamentou a menina. Ela ainda afirmou que, desde que recebeu alta do parto, a mãe dela era quem alimentava a criança.
Não há registro do pai na certidão de nascimento da criança, no entanto, à polícia, a mulher disse que o suposto pai pediu a ela o teste de DNA para que pudesse se certificar da paternidade e registrar o bebê.
A morte é investigada pela Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.
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