Em depoimento sobre o feminicídio de Andressa Fernandes Teixeira, morta atropelada em casa no Nova Campo Grande, na noite do dia 20 de abril deste ano, Willams Monteiro dos Santos negou que tenha discutido com a esposa e a atropelado de propósito. Ele foi solto com tornozeleira eletrônica, mas o MPMS (Ministério Público Estadual) pediu pela prisão dele.

Willams nega que tenha passado duas vezes por cima de Andressa, que foi morta aos 29 anos na frente dos filhos. Willams disse que na noite do crime estava bebendo com Andressa depois de voltar do trabalho, e que teria dito à esposa que iria sair para buscar mais cerveja. Em seu depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que começou às 3h51 da madrugada do dia do crime, ele falou para a delegada Rafaela Lobato que não viu Andressa atrás do carro.

Willams disse que entrou no carro que é automático, ligou o som, fechou a porta e acionou o portão que segundo ele está com problemas e precisa ser acionado umas duas vezes, e depois disso deu ré, e não viu que o portão não estava aberto. Ele ainda falou que não viu que a esposa estava atrás do carro e acabou atropelando, mas quando percebeu o acidente logo pediu ajuda. Ele negou qualquer discussão com Andressa.

Ele ainda disse que não acreditava que tinha atropelado Andressa e que logo pediu ajuda para os vizinhos. Willams ainda afirmou que a roda não teria passado pela cabeça dela, mas que teria passado pelos braços e pernas. Logo após atropelar Andressa, ele disse que parou o carro. “Não passei duas vezes por cima dela”, fala Willams.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu a prisão preventiva do homem, de 24 anos, suspeito de matar a esposa Andressa Fernandes Teixeira, atropelada em casa no Nova Campo Grande, na noite do dia 20 de abril. Andressa foi morta aos 29 anos na frente dos filhos. 

“As circunstâncias do delito perpetrado pelo recorrido repercutiram muito, de modo negativo na sociedade e a liberdade do autor no presente momento provoca sensação de impunidade, fazendo-se a prisão necessária para, além de resguardar a credibilidade da justiça, assegurar a paz da comunidade, sensivelmente abalada por delitos desta natureza”, consta no pedido. 

O MPMS também explica que circula pelas redes sociais um vídeo do momento em que Andressa é retirada – já sem vida – debaixo do carro usado no crime.