A 4 dias de júri do caso ‘Playboy da Mansão’, esquema de segurança é montado em Campo Grande

Jamil Name Filho será ouvido por videoconferência

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A 4 dias do julgamento do caso da morte de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, assassinado a tiros em outubro de 2018, um esquema de segurança já está sendo montado para os quatro dias de júri. Três réus irão a julgamento: Jamil Name Filho, Marcelo Rios e o policial federal aposentado Everaldo Monteiro de Assis.

Nesta quarta-feira (11), o juiz Aluízio Pereira dos Santos, que irá presidir o julgamento publicou as regras de como será feito o júri que deve seguir os mesmos moldes do caso do estudante Matheus Coutinho, assassinado a tiros de fuzil no lugar do pai, um ex-PM.  

Jamil Name Filho será ouvido por videoconferência, da Penitenciária Federal de Mossoró. Já os outros réus estarão presentes no plenário do júri.

Uma das medidas pedidas foi: “Oficie-se à Tecnologia da Informação (TI) ou abra devido chamado solicitando a permanência de um profissional técnico durante a realização de todo o Júri ante a necessidade de realização de videoconferência com presos em outro Estado”.

“Fica autorizada a participação da imprensa em geral que pretende exercer o direito de informar a sociedade dos fatos que lhe interessam, até porque as sessões do júri são públicas”, fala a decisão. Ainda segundo a determinação do magistrado, fica proibida a instalação de equipamento de imagens sem operador. 

“Por outro lado, não será permitida a instalação de equipamento fixo com webcam no plenário para captar imagens, áudio, depoimentos, etc., sem operador”, diz a decisão. 

Por fim, o magistrado diz que “não é custa relembrar que, dentro do Plenário na área interna do Fórum, não será permitida a manifestação, ainda que de forma subliminar, como uso de vestimentas, cartazes, incluindo fixação em grades, fotos ou frases sugestivas de condenação ou absolvição, assegurando-se, com isto a total isenção dos jurados e, sobretudo, a ordem do julgamento”.

O julgamento foi marcado para os dias 16, 17, 18 e 19 de setembro, ficando o dia 20 reservado para imprevistos. Ao todo, 19 testemunhas serão ouvidas. Assim, foi pedido pelo magistrado, reforço na segurança. “Da mesma forma oficie-se ao Comando Geral Da Polícia Militar deste Estado para reforçar também a segurança externa e interna do Fórum, devendo seguir o mesmo protocolo adotado noutros julgamentos nesta comarca como ocorreu nos processos da vítima Matheus Coutinho Xavier, do acusado popularmente conhecido como ‘Beira Mar’ e do outro José Márcio Felício (vulgo, Geleião), fundadores do PCC”.

Execução ‘Playboy da Mansão’

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi por um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

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