Iranildo Roa Tomicha, de 24 anos, morto por um policial penal na noite de sexta-feira (24) quando tentava assaltar um motociclista em frente a uma barbearia no Bairro Jardim Morenão em Campo Grande, reconheceu o policial penal e por isso efetuou disparos contra ele.
Conforme a ocorrência, Iranildo abordou o motociclista na frente do estabelecimento. Nesse momento, a vítima entrou na barbearia a fim de fugir do ladrão, quando o criminoso reconheceu o policial penal que cortava cabelo no local, mesmo sem ele estar fardado, dizendo: “Você é policial, Tá armado”, e efetuou disparos dentro do local em direção ao policial, que revidou.
O motociclista ficou no meio da troca de tiros e foi atingido por um disparo no rosto que causou ferimento de entrada e saída no maxilar. Ele foi socorrido para a Santa Casa, onde deve passar por avaliação do neurocirurgião.
O autor também foi ferido, na região do abdome e fugiu a pé até entrar em um veículo VW Gol, de cor prata, onde um comparsa o aguardava.
O policial permaneceu no local até a chegada da polícia e do socorro e entregou a arma usava no fato.
Dentro da barbearia perícia encontrou 5 estojos de munição calibre .380 todos percutidos e deflagrados, além de 2 projéteis. Próximo da motocicleta haviam 3 projéteis e um fragmento e dentro do veículo do policial havia um projétil que transfixou o vidro lateral traseiro.
Depois a equipe policial foi até a Rua Francisco Amaral Militão onde na varanda de uma casa estava o corpo do ladrão caído no chão. Na residência foi feito contato com a prima de Iranildo, que contou que estava na residência de sua sogra, quando apareceu seu marido e rapidamente tirou o corpo de Iranildo do veículo e fugiu.
Apagar mensagens
À polícia, a prima de Iranildo, que é esposa do comparsa dele, contou que logo após o marido retirar o corpo do veículo e fugir, lhe enviou mensagens dizendo que era para ela apagar todas as conversas que tinha com ele e que não era para a família dizer que os dois, Iranildo e ele, estavam juntos.
Orientou ainda a esposa a falar que Iranildo foi feiro a tiros e apareceu ali. Disse que ambos são adultos e que cada um sabia o que estava fazendo. Depois disso a família não conseguiu mais contato. O aparelho celular foi apreendido.
A mulher confessou que sabia que o marido tinha arma de fogo há pelo menos um mês e indicou o endereço onde o veículo, locado para trabalhar com aplicativo, estava registrado.
A polícia recebeu informações de onde o veículo estava através da pessoa que loca o veículo para o autor. O veículo tem localizador e foi encontrado no Bairro Lageado na garagem de um imóvel. No local não havia ninguém. O carro foi apreendido e encaminhado para a Defurv (Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos).
