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Polícia

Suspeito de estuprar e torturar menina de 2 anos grava vídeo e nega crimes: ‘consciência limpa’

Ele divulgou vídeo nas redes sociais afirmando que a mulher estaria mentindo
Renata Portela - Publicado em
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Vídeo foi divulgado em rede social - Reprodução

“Eu não devo nada”, disse em vídeo o rapaz de 21 anos, investigado por suspeita de torturar e estuprar a enteada, uma menina de 2 anos. O caso aconteceu em Campo Grande e foi revelado por uma tia da criança, na última segunda-feira (13).

“Esse povo que me julgou, me chamou de safado, de Jack, falou até que ia me matar”, disse no vídeo. O rapaz de 21 anos é procurado pela polícia e, inicialmente, estaria foragido.

“Tô com a consciência limpa, com os dois pés firmes no chão”, afirmou. O vídeo foi publicado em uma rede social.

Pai diz que quer a guarda da criança

Ouvido na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) nesta quarta-feira (15), pai da menina de 2 anos vítima de tortura e estupro quer a guarda da criança. Atualmente, a vítima mora com a mãe e o atual namorado dela seria o autor do crime.

Segundo o pai, ele soube dos fatos pela irmã da ex-mulher. A tia da criança também contatou o Midiamax para relatar o caso e foi quem procurou a polícia para denunciar os abusos sofridos pela menina.

“Ela me contou que o padrasto estava batendo nela, abusando”, contou o pai. Ele ainda relatou que mora no interior e veio para Campo Grande nesta quarta-feira.

Também disse que nem conhece o padrasto da filha e não sabia que a ex estava em outro relacionamento. “Depois que nos separamos não vi mais minha filha. Vou lutar pela guarda, ela nem me conhece mais”, lamentou.

Ainda segundo ele, a pensão era paga de maneira correta, embora tenha perdido o contato com a criança.

O delegado Roberto Morgado, da DEPCA, afirmou que ainda não pode dar detalhes sobre as investigações. No entanto, que a polícia está em buscas pelo autor do crime.

Família prestou depoimento

“Ela é cumplice, ela sabia e não fez nada”, disse familiar do pai da menina, sobre a mãe da criança. O casal é separado e o atual companheiro da mulher é o suspeito do crime. “Queria que ela fosse presa também”, relatou ainda a mulher.

Conforme uma tia da criança relatou ao Midiamax, a menina está com muito medo após os fatos. “O corpinho dela todo roxo, cheio de hematomas. O que ele fez não tem perdão”, disse a tia.

O crime ocorreu entre os dias 10 e 11 deste mês, quando a mãe da menina precisou trabalhar e não tinha com quem deixar a filha. Assim, o padrasto se ofereceu para cuidar da menina.

Já no primeiro dia depois de voltar do serviço, a mãe percebeu que a filha estava com um hematoma nas pernas. Então questionou ao companheiro e ele respondeu que a menina havia se machucado ao brincar com outras crianças.

No segundo dia ao voltar do trabalho, a mulher notou que a menina estava com hematomas no rosto e no abdômen. Antes, o padrasto da criança havia mandado uma foto pelo WhatsApp para a mulher.

Na imagem, ele mostrava as partes íntimas da criança, dizendo que ela estava com assaduras. Mas ao chegar em casa, a mãe não constatou tais assaduras.

A criança foi levada até um posto de saúde onde foi constatado pelos médicos que ela estava com os vários hematomas pelo corpo. Além disso, havia sinais de abuso sexual, sendo ela orientada a procurar uma delegacia para o registro da ocorrência.

O sobrinho de 10 anos do marido da mulher contou que o tio amarrou a menina pelo pescoço e passou a dar socos nela para que ela dormisse. A tia da menina disse que após os fatos, o homem fugiu e ainda não foi localizado.

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