Treze anos após o crime, acusado de matar adolescente em briga de gangues vai a júri popular

Alex Meirelles Mendonça foi morto a tiros em agosto de 2010 em uma praça de Sidrolândia

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(Foto: Reprodução/ Região News)

O acusado de matar Alex Meirelles Mendonça, à época com 17 anos, vai a júri popular no próximo dia 16 de fevereiro, pelo crime cometido há 13 anos. Ele ainda é acusado de tentativa de homicídio de outro adolescente, motivado por uma briga entre gangues rivais da cidade de Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital.

Foi emitido edital de intimação, uma vez que o oficial de justiça não encontrou o réu para intimá-lo nos endereços. Dessa forma, a data do julgamento do Tribunal do Júri foi marcada para o próximo dia 16 de fevereiro, às 9h, no fórum de Sidrolândia.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra o acusado em 11 de janeiro de 2011, por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo consta na denúncia, no dia 25 de agosto de 2010, no Bairro São Bento, em Sidrolândia, Alex Meirelles Mendonça foi morto com disparos de arma de fogo pelo acusado.

Além de Alex, o autor também foi denunciado por tentativa de homicídio de outra vítima, mas os disparos não o atingiram, pois ele conseguiu fugir de bicicleta e procurar atendimento em um hospital. Durante defesa prévia, feita pelo acusado no dia 8 de junho de 2011, ele afirma estar residindo em Aparecida de Goiânia, Goiás.

Durante depoimento, ainda na delegacia, o acusado confessou a autoria dos crimes e explicou que estava em uma praça da cidade com sua namorada, quando teriam chegado cinco rapazes e uma garota. Ele alegou ter sido abordado pelo grupo e questionado se andava com uma gangue de adolescentes no Bairro São Bento.

O acusado afirmou ter dito que não, mas que mesmo assim teria sido ameaçado. Em seguida, disse ter ido para casa de um amigo e contou que tinha “apanhado” e sido ameaçado por pessoas “da gangue rival”. Então, este amigo teria emprestado um revólver calibre 38 para que ele “fosse para sua casa protegido”.

Entretanto, ao invés de ir para sua residência, o acusado afirmou ter retornado armado na praça. Tempo depois, explicou que a vítima teria chegado em uma bicicleta junto a outros rapazes, e dito para que ele saísse dali.

O acusado afirmou ter ido embora e ter sido seguido pelo grupo quando, em determinado momento, teria escutado uma menina dizer “atira!”. Ele alegou que, temendo por sua vida, efetuou três disparos em direção ao grupo, fugindo em seguida. Após passar a noite no município, ele teria devolvido a arma para o amigo e fugido para Campo Grande.

A vítima que sobreviveu ao correr para o hospital fez o reconhecimento do acusado na delegacia. Além disso, a perícia na arma apreendida com o amigo confirmou que ela havia sido a mesma utilizada para matar Alex.

O relatório das investigações, anexo ao processo, afirma que o crime foi motivado por um “acerto” entre os dois grupos rivais de adolescentes, além de uma desavença envolvendo o furto de uma bicicleta.

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