Réu por matar policial civil de MS no Paraguai é condenado a 18 anos de prisão

Marcílio de Souza era perito papiloscopista e atuava na região de fronteira

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(Foto: Mirian Machado – Jornal Midiamax)

Gustavo Barros Benites foi condenado na manhã desta quarta-feira (17) pelo assassinato do policial civil Marcílio de Souza, ocorrido no dia 14 de fevereiro de 2014, na cidade de Ypejhú, na região de Paranhos, fronteira entre Brasil e Paraguai. Ele passou pelo Tribunal do Júri em Campo Grande e cumprirá 18 anos de prisão em regime fechado.

A defesa sustentou as teses de que Gustavo não seria o autor do crime e que ele agiu sobre violenta emoção diante “da injusta provocação da vítima”, além de ter pedido para afastar as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Os jurados do Conselho de Sentença acataram as qualificadoras e Gustavo foi condenado a 18 anos de reclusão em regime fechado. Os jurados ainda consideraram que o réu confessou em Plenário que sabia que a vítima era investigador de polícia.

Conforme informado pela Polícia Civil à época, Marcílio era perito papiloscopista desde o ano de 2003 e estava lotado na cidade de Amambai, também na linha de fronteira.

Marcílio teria ido até a cidade do país vizinho passar informações à Comissão Paraguaia sobre um furto de trator ocorrido na cidade de Sete Quedas. Ao retornar, ele teria parado em uma lanchonete e sentado em uma cadeira na varanda.

Pouco depois, o autor chegou em uma motocicleta, desceu e efetuou um disparo com arma calibre 12 na nuca do policial. Marcílio chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A moto usada no crime foi apreendida após o autor abandoná-la no local.

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