Foi negado nesta terça-feira (25) o pedido de liberdade de Rubia Joice de Oliver Luvisetto, suspeita de envolvimento na morte do jogador de futebol Hugo Vinicius Pedrosa, de 19 anos, assassinado a tiros, esquartejado e jogado no rio em .

O pedido foi negado pelo relator Des. Luiz Gonzaga. A teve a votação adiada para a daqui a 15 dias. A próxima pauta está prevista para dia 8 de agosto às 14h.

A defesa alega que a ex-namorada não teve participação no crime e teria sido ela quem trouxe toda a verdade dos fatos à tona. “Ela revelou a dinâmica dos fatos, bem como informou que o autor do disparo foi Danilo e que o amigo que ajudou a ocultar o corpo.”, disse Alberi Dehn. No pedido de habeas corpus, a defesa alegou constrangimento ilegal, que foi rebatido pelo Ministério Público.

A polícia concluiu que os autores do crime usaram uma serra elétrica para esquartejar Hugo e depois jogar no rio.

O crime

O crime foi premeditado e dificultou a defesa do jogador, segundo a polícia. Hugo foi morto com três tiros, sendo dois na testa, e ainda teve o corpo esquartejado e arremessado no rio, o que envolveu uma força-tarefa para localizar os restos mortais. 

Conforme a Polícia Civil, foram ouvidas 17 testemunhas, além do cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, o que resultou em celulares e objetos perfurocortantes encaminhados para perícia. Ao todo, a investigação durou 11 dias e continua em andamento, com a colaboração de pessoas que foram “peças-chave” para identificação dos envolvidos.

Danilo mentiu para a polícia

Danilo mentiu para a polícia. Ele contou que, na noite do dia 24 de junho, foi para uma festa no posto com seu pai em uma caminhonete Hilux e que teria deixado o local também na companhia dele. Disse ainda que, neste dia, estava brigado com sua namorada.

Contou ainda que, naquela noite, viu Hugo na festa e se cumprimentaram. No relato, disse que nunca havia conversado ou brigado com Hugo, mas que a vítima tinha ciúmes dele porque Danilo teve um breve relacionamento com a ex-namorada do jogador.

Consta ainda no depoimento do autor que a vítima estaria sob efeito de drogas, muito alterada, além de perceber um ‘volume' na cintura de Hugo. Danilo disse à polícia que teria ouvido comentários de que o jogador estaria armado.

Por volta das 4h30, relatou ter ido embora da festa com seu pai na caminhonete e dormiu, acordando por volta das 13h. Disse que seu primo compareceu na festa, mas foi embora antes.

O depoimento diverge tanto do relato da ex-namorada do jogador, quanto do amigo dela que estava na casa e teria ajudado a colocar o corpo do jogador no veículo após o primeiro disparo. Os dois estão presos.

Depoimento da ex-namorada

Com uma história confusa contada pela ex-namorada na delegacia, ela acabou mudando a versão dos fatos e, em um novo depoimento, contou que na noite do dia 24 de junho foi até uma festa com amigos do lado paraguaio. Já na manhã do dia 25, ela e o autor do crime voltaram para a sua residência, na companhia de um amigo.

O amigo foi para um dos quartos enquanto ela e o autor foram para outro quarto, onde mantiveram relações sexuais. Ela contou que momentos depois, Hugo invadiu a sua casa e entrou repentinamente em seu quarto a chamando de ‘vagabunda', nisto o autor se levantou.

Os dois foram até a frente da residência e a ex-namorada estava junto quando o autor fez o disparo contra Hugo, que caiu na calçada. O amigo que estava na casa se levantou e assustado teria questionado o que havia ocorrido. Em seguida, o autor mandou que o rapaz o ajudasse a colocar Hugo na carroceria do carro da jovem.

Ele ainda teria mandado que todos ficassem calados e não contassem nada a ninguém. Hugo ainda respirava quando foi colocado no carro. A frente da calçada foi lavada pela jovem.

O amigo que estava na casa no momento do assassinato disse que, após o crime, a ex-namorada de Hugo ficava mandando mensagens para ele e apagando em seguida, afirmando que era para ficar quieto. O padrasto e a mãe da jovem também mandaram que ele não contasse nada a ninguém.