Os três suspeitos envolvidos no roubo de uma caminhonete Hilux de um militar do Corpo de Bombeiros, no Jardim Itamaracá, nesse fim de semana, somam mais de 28 passagens pela polícia. Um dos bandidos foi baleado durante o assalto e dois comparsas estão foragidos.

O bandido baleado tem diferentes passagens, entre elas, por crimes de roubos, furtos e uso de entorpecentes. Já os dois, que deixaram o suspeito baleado na Santa Casa de Campo Grande e fugiu, foram identificados e somam mais de 10 passagens, cada um. 

Os pontos destacados pelo Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar) foram que os suspeitos podem ser membros de uma quadrilha especializada, que é bem articulada e pode ter ligações com faccionados ou internos do sistema prisional. Além disso, o interesse dos bandidos acaba sendo caminhonetes por ser um veículo de valor maior, usado para ser comercializado ou trocar por drogas.

“Quando se trata de roubo de caminhonetes, esses veículos são sempre muito visados pelo valor comercial e o interesse por eles nos países vizinhos, como o Paraguai e a Bolívia. Além disso, por ser veículos que têm um valor maior, os roubos podem estar ligados a facções ou a internos de unidades prisionais”, explicou o comandante do batalhão, tenente-coronel Rigoberto Rocha.

O balcão onde a Hilux foi deixada, no Jardim Noroeste, é abandonado e a quadrilha usou por estar de fácil acesso para os bandidos. A polícia não descarta a possibilidade de outros envolvidos no crime, a linha de investigação será a localização do casal que está foragido e de outros suspeitos.

(Aline Machado, Jornal Midiamax)

O comandante ainda disse à reportagem sobre o aumento de mortes em confronto com a polícia. “Se existem mais confrontos é porque existe um trabalho maior da polícia, que significa que a polícia está no local. A polícia prendeu mais pessoas, apreendeu mais armas e o confronto existe em defesa das injustas agressões”.

Desde o início do ano, a PM já apreendeu mais de 150 armas, recuperou mais de 200 veículos e prendeu mais de 700 pessoas.

O roubo

Ao parar o veículo em frente à residência para aguardar o portão de elevação abrir, o militar do Corpo de Bombeiros foi abordado por três pessoas armadas que o mandaram descer do carro. Ele desceu, pegou a filha que estava no banco de trás e entrou correndo em casa para pegar sua arma.

Ao voltar, viu que sua mãe foi tirada do carro pelos cabelos e jogada no chão. Ao perceber que a mãe e sua filha estavam dentro de casa, atirou em direção à caminhonete e também a um outro veículo que chegou com os bandidos. 

Após os bandidos entrarem na caminhonete, o bombeiro correu para dentro de casa e saiu armado fazendo disparos contra os bandidos acertando a Hilux. Eles fugiram, mas um dos bandidos foi ferido no ombro e deixado na Santa Casa pelo comparsa.

O bandido passou por cirurgia e confessou o assalto dizendo que a caminhonete estava escondida em um galpão no bairro Jardim Noroeste. O autor está internado sob escolta e a Hilux foi localizada e encaminhada para a Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).