Preso em Operação Entrepostos, vendedor de seguros é apontado como quem dava ‘recados’ da quadrilha

Quadrilha usava Campo Grande como depósito de drogas

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(Divulgação)

O homem preso, conhecido como ‘Trutão’, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta terça-feira (31) durante a deflagração da Operação Entrepostos, foi apontado como quem ‘passava’ recados para a quadrilha, segundo o MPMS.

O homem atuava como vendedor de seguros veicular e motorista de aplicativo, e foi preso após expedição de mandado, sendo encontrado na sua casa, no bairro Los Angeles. Segundo ‘Trutão’, ele recebe mensalmente R$ 4 mil e mais auxílio do INSS. 

Na casa, os policiais encontraram porções de maconha em uma sacola plástica, que indicava a comercialização da maconha. Ao todo, foram 63 mandados, sendo 33 de prisão e 30 de busca e apreensão, no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Goiás. Em Uberlândia, uma pessoa foi presa.

Segundo o Gaeco, a quadrilha adquiria cargas de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul, transportando a carga até Campo Grande, onde eram mantidas em um depósito, como galpões e barracões em residências. 

O grupo ainda tinha transportadoras de fachada para contratar fretes e disfarçar o transporte das cargas de drogas levando para os outros estados.

Logística

A quadrilha contava com integrantes que exerciam funções diversas, como gerenciar e coordenar a atividade, desde a aquisição das cargas de drogas nas cidades sul-mato-grossenses situadas na fronteira com o país produtor da droga até o transporte ao destino. Havia também aqueles que serviam como motoristas das cargas, “batedores”, auxiliares de carga/descarga dos caminhões, além do diferencial de possuírem em sua estrutura empresários proprietários de transportadoras de cargas, o que viabilizava que os criminosos sempre contratassem o frete de cargas lícitas, tais como grãos e madeiras, que serviam para ocultar os entorpecentes e dificultar que órgãos de repressão descobrissem tal estratagema em eventual fiscalização nas estradas.

Investigação

A investigação durou aproximadamente 18 meses e nesse período foram apreendidas pouco mais de 17 toneladas de maconha que pertenciam à organização criminosa, além da prisão em flagrante de 15 de seus membros.

A operação é uma sequência da Operação Tribunal do Crime deflagrada em agosto de 2022, onde se descobriu tortura, tentativas de homicídio e uma propriedade com sete toneladas de maconha em um entreposto de Campo Grande.

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