A mulher de 36 anos, presa na madrugada do domingo (25) com 28 quilos de maconha escondidos em malas de viagem no Aeroporto Internacional de Campo Grande, foi solta nesta segunda-feira (26) durante audiência de custódia. A passagem aérea tinha como destino João Pessoa, na Paraíba.

Os policiais desconfiaram da autora devido ao excesso de peso na bagagem dela. Quando passado pelo raio-x, os tabletes de maconha foram localizados. A passageira estava no saguão e acompanhou a inspeção.

O que chamou a atenção dos policiais é que nenhuma das malas estava com roupas ou objetos pessoais, comumente utilizados para mascarar os tabletes de drogas em ocorrências de tráfico como essas.

Ela alegou que recebeu as malas sem saber do conteúdo, em Campo Grande, e levaria até Fortaleza, no Ceará, onde teria uma pessoa a esperando. Ela também afirmou que não receberia nenhuma recompensa pelo transporte, já que estava voltando para sua cidade natal.

A mulher ainda disse em depoimento que era garota de programa e tinha vindo para Capital a procura de “programas mais bem remunerados”, mas não teria se adaptado à cidade. Ela disse ter aceitado levar as malas como forma de “retribuição” à cafetina que a teria recebido por mais de uma semana, além de ter as passagens pagas.

O juiz considerou que “notadamente, a autuada foi cooptada para a prostituição e posteriormente para o tráfico de drogas, sendo inclusive, possível, que tenha sido vítima do tráfico de pessoas, vindo de Fortaleza-CE a esta Capital para trabalhar”.

Foi decretada liberdade provisória para a mulher e expedido alvará de soltura.