Premeditação: MPMS pede júri popular para Raphael que matou ex de mulher em Campo Grande

O MPMS (Ministério Público Estadual) pediu no último dia 4 de abril que a pronúncia seja aceita pelo Tribunal de Justiça, contra Raphael dos Santos Motta, a fim de levá-lo a júri popular pelo assassinato de Cristian Leonir da Silva Santos, de 38 anos, assassinado no dia 8 de agosto de 2022, com vários tiros, no Jardim Centenário, em Campo Grande. 

O pedido do Ministério Público é para que Raphael seja levado a julgamento pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, emboscada, resistência e ocultação de arma. Raphael premeditou o crime de forma fria, segundo o delegado Rodolfo Daltro, que atendeu ao caso na época.

“Consta dos autos de inquérito policial que Raphael dos Santos Motta praticou o crime impelido por motivo fútil, já que matou a vítima em razão desta ter mantido anteriormente um relacionamento amoroso com sua convivente”, segundo consta na peça. 

Denúncia MPMS

Conforme a denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Christian manteve um relacionamento com a atual de Raphael, mas os dois romperam há aproximadamente 8 meses. Naquele dia 8, o acusado teria usado o celular da companheira para atrair Christian até a casa.

As luzes da residência estavam apagadas e, quando chegou ao local, Christian foi surpreendido por Raphael que fez os disparos com uma arma de fogo. A vítima morreu na frente da residência e a Polícia Militar foi acionada. Raphael ainda se negou a se entregar e houve negociação.

Com a então suspeita de que a companheira de Raphael teria participação no caso, ela também foi presa em flagrante naquele dia. No entanto, nesta quarta-feira, ao receber a denúncia, o juiz Aluizio Pereira dos Santos concedeu liberdade para a mulher, a pedido do MPMS.

2 horas de negociação

Christian Leonir da Silva Santos, de 38 anos, morreu após ser atingido por vários tiros nas costas e na cabeça. Equipes do 10º Batalhão de Polícia Militar foram acionadas por volta da 1 hora da madrugada, quando a madrasta da mulher recebeu uma ligação dela contando que seu marido havia matado Christian e se trancado com ela dentro de casa. 

Ela contou que estava sendo impedida de sair e que estava com medo do marido, que estava armado. Os policiais chegaram ao local e tentaram por 2 horas fazer com que o autor se entregasse, mas ele se escondeu em uma casa vizinha onde tinha cerca elétrica, na tentativa de dificultar a entrada dos policiais.

Foi chamado reforço e os policiais com coletes balísticos invadiram a casa e encontraram o autor em um dos cômodos. Ele foi preso em flagrante. A arma usada no crime foi localizada em uma máquina de lavar roupas. 

Para os policiais, Raphael contou que estava preso e, quando encarcerado, a sua mulher se envolveu com Cristhian. Naquela madrugada, a vítima foi até a residência e eles entraram em luta corporal. O autor ainda contou que Cristhian estava armado e conseguiu tomar a arma da vítima.

Ele fez vários disparos que atingiram Cristhian nas costas e na cabeça. A vítima morreu em frente à residência. Raphael, que estava em condicional, foi preso em flagrante e levado para a delegacia.