Preso em flagrante na segunda-feira (30), em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, policial penal de 44 anos teve prisão preventiva decretada em audiência de custódia. O filho dele, de 20 anos, que também foi preso, teve liberdade provisória concedida.

Agentes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) prenderam pai e filho em flagrante, por armazenarem aproximadamente 300 quilos de droga em casa. Na residência, foram apreendidas ainda armas de fogo.

Por determinação do juiz Marcelo da Silva Cassavara, o policial penal fica preso preventivamente. Já o filho fica em liberdade, devendo cumprir recolhimento domiciliar noturno.

Ele ainda vai usar tornozeleira eletrônica por 180 dias e está proibido de sair de Dourados sem autorização do Judiciário.

Se apresentava como pastor

Como noticiou a reportagem do Jornal Midiamax, o policial penal detido é formado em teologia e usava o nome da IPI (Igreja Presbiteriana Independente) em seu currículo. Em agosto, ele falou para um auditório lotado sobre conscientização, prevenção das drogas e da criminalidade.

“A pessoa que foi presa não foi Pastor da instituição. Ele serviu, há muitos anos, como obreiro de uma congregação da igreja em Fátima do Sul. Ressaltamos também que já [há] algum tempo não faz parte nem do Rol de Membros da igreja”, explica a IPI de Dourados em nota enviada à reportagem.

“A gente fica surpreso e triste ao mesmo tempo com uma notícia dessa, principalmente quando envolve quem se apresentava como pastor de uma igreja. A conduta dele, independente de qualquer coisa, tem que ser condenada [porque] não condiz com o que falamos nos templos. A gente tem que pregar e ao mesmo tempo praticar”, diz o pastor Jusselmo Sérgio de Freitas, presidente do Conped (Conselho de Pastores Evangélicos de Dourados).

O pastor disse que esse tipo de conduta é completamente contrário ao que a igreja de Dourados vem protagonizando na cidade. “Tivemos recentemente a Marcha para Jesus onde defendemos o fortalecimento da família e nela nós também falamos da prevenção contra as drogas. É muito triste isso”, explica.