O pedreiro de 41 anos preso depois de manter a esposa em cárcere privado e a estuprar, em Campo Grande, em maio deste ano, foi solto pela Justiça. O alvará de soltura foi expedido nesse sábado (2). Ele foi condenado a pagar uma indenização por danos morais à vítima.

A juíza Adriana Lampert, da 2º Vara de Violência Doméstica, suspendeu a condenação de 2 anos da pena ao pedreiro. Ele foi condenado ao pagamento de danos morais à vítima no valor de R$ 2 mil. Ainda segundo a magistrada, não havia provas suficientes para a condenação do pedreiro. 

Mas, medidas cautelares foram impostas ao pedreiro, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica pelo prazo de 60 dias. Na época do crime, a vítima disse que tinha medidas protetivas contra o autor.

Pedreiro manteve mulher em cárcere

No dia 18 de maio deste ano, a vítima disse que o autor não foi trabalhar e a manteve dentro da residência em cárcere privado para que ela não buscasse ajuda e não recebesse visita de ninguém. Ao longo do dia, quando a mulher foi se alimentar, o autor teria dado um tapa em seu prato, dizendo que “ela não iria comer mais nada, pois não merecia”.

A vítima disse ter passado o dia todo sem fazer mais nenhuma refeição. No final do dia, o autor teria visto outra mensagem que não lhe agradou no celular da vítima. O marido a agrediu novamente e pegou uma faca na cozinha, fazendo ameaças.

A mulher ainda relatou ter tomado um remédio para dormir e, ao acordar, percebeu que o marido não estava em casa. Foi então que ela correu até a rua e pediu um celular emprestado para acionar a PM.

A vítima ainda explicou que o autor fazia ameaças e a xingava durante as agressões, dizendo que iria “arrancar sua cabeça”, além de ter rasgado todo o dinheiro que ela tinha juntado para visitar a nora.

O autor foi localizado na obra de um condomínio de luxo, junto a uma mochila com documentos e um celular.