Mulher que emprestava conta bancária para organização alvo do Gaeco tem liberdade negada

A mulher chegava a movimentar mais de R$ 70 mil em suas contas

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Dinheiro foi apreendido na operação – Reprodução/Gaeco

A mulher, membro da organização criminosa de tráfico de drogas, presa em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), denominada Traquetos, em março deste ano, teve a liberdade negada pela Justiça. 

A organização também fazia o tráfico de pedras preciosas e barras de ouro. A juíza May Melke do Amaral negou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como a prisão domiciliar, afirmando que “desses elementos extrai-se indícios suficiente de autoria do delito, por parte da requerente, assim como a prova da materialidade do delito decorrente da cautelar apensa aos autos, sendo evidente que o crime imputado ao requerente demonstra organização para prática criminosa e gravidade concreta das ações, ressaltando-se a periculosidade e sua personalidade inadequadas para a vida em sociedade.”

A magistrada ainda relatou que a mulher chegava a receber vários depósitos no mesmo dia em dinheiro, que vinham do tráfico de drogas e alcançavam montantes superiores a R$ 70 mil. Pelo empréstimo de sua conta bancária, a mulher era remunerada pela organização que tinha como membros um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e um veterinário.

CAC alvo da operação

Ainda na Operação Traquetos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na oficina e residência de um investigado, que tem registro CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

Apesar do mandado de prisão preventiva expedido, ele não foi preso. Já os mandados de busca foram feitos com acompanhamento do advogado, Antônio Cairo Frazão.

Assim, foram apreendidas munições de diversos calibres, um total de 627, e também armas de fogo. Ao Midiamax, o advogado esclareceu que será feito pedido para revogar a prisão preventiva, para que o investigado responda em liberdade.

Também segundo ele, as armas foram apreendidas com registro e demais documentos. Ainda de acordo com o Gaeco, a oficina do empresário seria usada para preparação de veículos com drogas.

Operação Traquetos

O Gaeco deflagrou a Operação Traquetos para cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão. Alvos são traficantes do Estado que levavam drogas de Bela Vista e Ponta Porã para a Bahia, Goiás e São Paulo.

Ainda segundo o órgão, a organização criminosa tinha uma grande rede de batedores. Também havia pontos de apoio nas cidades de Campo Grande, Anastácio e Aquidauana, com o intuito de escoar a droga.

Os mandados foram cumpridos em Anastásio, Campo Grande, Corumbá e Coxim. Também conforme o Gaeco, o trabalho investigativo durou cerca de 17 meses, tendo iniciado em agosto de 2021.

Assim, resultou em uma série de prisões em flagrante por tráfico de drogas, como ainda identificou a estrutura da organização criminosa.

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