Morto pelo Choque seria membro do PCC envolvido em ameaças de morte a policiais

‘Talibã’ foi alvo de operação do Gaeco que terminou com 69 membros denunciados

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Arma e simulacro apreendidos – Divulgação

Leonardo de Souza, 25 anos, morto na noite de sábado (18) em confronto com policiais do Batalhão de Choque, em Campo Grande, foi alvo de operação em 2022. Ele era apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Conhecido como Talibã, Leonardo foi alvo da Operação Sintonia, que terminou com 69 faccionados denunciados. A ação foi realizada em 18 de abril de 2022 e cumpriu mandados em Campo Grande e mais 8 cidades.

Ainda de acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foram cumpridos 67 mandados de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão contra o PCC.

Reprodução

As investigações identificaram 69 faccionados em Mato Grosso do Sul. Com isso, foram oferecidas 10 denúncias contra os acusados.

Além disso, foi identificado que, em dezembro de 2020, integrantes do PCC teriam ameaçado um atentado contra policiais no Estado. “Nós vamos dividir um papo e determinar o pessoal da rua para matar uns puliça (sic) aí na frente aí, tio”, diz trecho da conversa transcrito na denúncia.

Tal menção ao possível ataque a agentes da Segurança Pública seria por conta de ações policiais que resultaram em mortes de faccionados. A princípio, não teria sido mencionada na época uma tratativa para colocar tal plano em prática.

Morreu em confronto

Conhecido como Talibã, Leonardo foi morto em uma chácara na BR-262, próximo da avenida Gunter Hans neste sábado (18).

A equipe do Choque reconheceu uma moto Yamaha preta, utilizada dias antes para roubo no bairro Leblon. Assim, os policiais abordaram ao rapaz de 18 anos, que fugiu pelas ruas do bairro Centro Oeste.

Contudo, o motociclista perdeu controle e caiu na avenida Cafezais. Assim, abordaram o autor e constataram que a motocicleta foi utilizada em roubo. O homem disse que comprou o veículo de um usuário por R$ 300.

Quando questionado sobre o roubo em um mercado no Leblon, na rua Amin Lescani, ele assumiu a autoria do crime. Além disso, indicou onde estaria a arma utilizada, um simulacro de pistola.

Assim, equipe foi até a chácara na BR-262 e entrou no terreno em patrulha, quando foram avistados por Leonardo. Conforme o relato dos policiais, Talibã correu para os fundos da casa portando uma arma de fogo.

Em seguida, os policiais ordenaram que ele largasse a arma, mas o suspeito atirou contra a equipe do Choque, que revidou. Leonardo foi levado ao Hospital Regional, onde foi constatado óbito pelo médico de plantão.

Operação contra o PCC

Foi realizada no dia 18 de abril a Operação Sintonia, que cumpriu os 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo.

Durante as investigações contra o PCC, foi identificado que, mesmo de dentro dos presídios, os faccionados mantinham contato com membros do lado de fora, com uso de celulares.

Estes eram responsáveis por autorizarem, gerenciarem e coordenarem a prática de crimes como tráfico de drogas, porte de arma, roubo, sequestro e homicídios em Mato Grosso do Sul.

O Gaeco ainda identificou crimes relacionados à estrutura financeira do PCC, da movimentação criminosa da facção para angariar dinheiro ilícito, bem como punir e manter a disciplina dos faccionados que não seguiam as “diretrizes” da organização criminosa.

Ou seja, aqueles que não pagavam as dívidas com o tráfico de drogas ou a arrecadação das ‘rifas’, mensalidades pagas pelos integrantes do PCC.

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