Chamariz de clientes, área kids é aposta de restaurantes em Campo Grande

Restaurantes e lanchonetes são muitas vezes ambientes familiares. E, para famílias com crianças, a área kids é um aspecto a ser levado em conta na hora de escolher o local da refeição. Em Campo Grande, restaurantes que notam isso investem numa área para crianças.
A sócia de uma rede de restaurantes da capital, Rejane Castro, conta que um dos espaços adquiridos já foi comprado por ter uma área kids. Mas que outras unidades do restaurante receberam o ambiente só depois dela notar que os clientes estavam migrando para o com a parte infantil.
“As outras unidades com a necessidade a gente colocou. A gente estava perdendo muito público para cá por conta do espaço kids”, conta Rejane.
Escolhas
Para a mãe e influenciadora digital Maria Alice, área kids é um ponto muito importante na hora de escolher o local da refeição. “Às vezes nem é pela comida, é só pelo espaço kids”.
Rejane afirma que a ideia para a criação de uma área voltada para as crianças veio ao observar a necessidade disso. “A gente percebeu essa necessidade, porque a gente atende muito família. O nosso público-alvo é família. Então, partindo desse princípio de atender a toda a família, a gente quis estender, não só servindo as refeições, mas também tendo um espaço para que a criança possa se divertir. Enquanto a família possa desfrutar também de um momento de lazer”.

O caso é semelhante ao de Stefany Marques, sócia de um restaurante no Jardim Panamá. “Foi uma ideia conjunta, (entre donos e funcionários). Sempre tivemos muita procura de área kids pelos nossos clientes, pois atendemos muitas famílias”.
Valor
Tanto na rede de restaurantes que Rejane é sócia, como no restaurante de Stefany, a área kids é paga. Na rede de restaurante o valor é R$ 10,70 durante a semana, e R$ 15,70 durante o final de semana, a sede conta ainda com uma área baby para os pequenos de zero a quatro anos. No restaurante de Stefany, uma hora sai por R$ 4,90 e a noite toda por 14,90.

“Nossa área kids deve ter uns três anos, quando começou não tinha muita opção, mas fomos ampliando. O ambiente é fechado e tem uma pessoa responsável para cuidar das crianças”, afirma Stefany.
Maria, que tem um filho de seis anos e costuma frequentar restaurantes, acha que área kids paga pode ser um ponto positivo. “Claro que se pudesse ser tudo de graça seria ótimo, mas geralmente nas que têm uma taxa, os brinquedos são bem melhores, tem cuidadores e às vezes até recreação. Eu, como mãe, me sinto mais segura e fico despreocupada”.
Monitoria
Maria ainda afirma que a presença de uma pessoa que cuide das crianças no espaço recreativo é algo muito importante. “Eu sou muito fã de monitoria, tendo monitor para mim já é um ponto super importante! Além disso, a conservação dos brinquedos também me chama a atenção. Se estão muito sujos, rasgados, destruídos. Acho que mais do que ter brinquedos incríveis, é ter um espaço lúdico que a criança possa brincar e imaginar, seja fazendo pinturas, montando peças ou descendo num escorregador gigante”.

Pensando nesses fatores, Rejane conta que em seus restaurantes as áreas kids contam, além dos monitores, com gincanas, oficinas e outras atividades que costumam se relacionar com a época do ano.
“A gente sempre monta um cronograma mensal conforme a data do mês. Por exemplo, esse é o mês de férias, então desenvolvemos um cronograma próprio para esse mês. Na Páscoa, por exemplo, a gente monta oficina de ovos de Páscoa e caça dos ovinhos”, explica Rejane.
Segurança
É importante que a segurança das crianças em áreas kids aconteça. Por isso, quando um estabelecimento possui a atração no local, ele deve passar por fiscalização do Corpo de Bombeiros. A equipe analisa a área e determina quantas crianças podem brincar simultaneamente.
Confira nota dos bombeiros sobre o tema:
“Os requisitos vão depender do tipo de estabelecimento. A regra geral é que toda edificação comercial e multifamiliar necessita de certificação do Corpo de Bombeiros. Caso seja um estabelecimento e tenha essa área kids, ela também será fiscalizada. Para isso, seguimos a legislação vigente (Lei 4335/13) e a norma técnica aplicável a cada situação.
Com relação à quantidade de crianças por brinquedo, peso suportado por cada um deles e outras medidas de segurança, o CBMMS cobra o que preconiza o manual de cada brinquedo, ou seja, fiscaliza, mas não determina as regras. Quem determina é o fabricante. Nestes casos, o estabelecimento deve apresentar o layout dos brinquedos, que deve estar acompanhado do memorial descritivo, documento que é normalmente enviado com o brinquedo pelo fabricante. Esse documento apresenta as medidas, capacidade, material que ele é confeccionado, etc. Todas essas informações do manual do fabricante serão verificadas pelo Corpo de Bombeiros.
Além disso, o CBMMS vai, conforme a análise da área, determinara quantidade de pessoas que podem circular no espaço kids. Vale esclarecer que se for um local que contenha brinquedos mecânicos e esportes radicais, como tirolesa kids, por exemplo, esse tipo de brinquedo será enquadrado como esportes radicais e passa por outro tipo de análise, em alguns casos necessitando de presença de monitor, entre outras exigências“.