Justiça retira tornozeleira de colombiano que matou motociclista em acidente com Mercedes

Colombiano pagou fiança de R$ 20 mil na época do acidente para responder pelo crime em liberdade

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(Marcos Ermínio, Midiamax)

A tornozeleira eletrônica que estava em Carlos Hugo Naranjo, após ele matar em um acidente de trânsito o motociclista Matheus Frota, de 27 anos, no cruzamento da rua Guia Lopes com a Avenida Salgado Filho, em fevereiro de 2022, foi retirada pela Justiça, após um pedido da defesa feito em dezembro. 

Valda Nóbrega, que foi advogada de defesa de Carlos na época, confirmou a retirada da tornozeleira eletrônica do colombiano ao Jornal Midiamax, nesta sexta-feira (6). O pedido feito para a retirada do equipamento teve como base, “demonstração de boa-fé e cooperação com a Justiça para um bom andamento do feito”. Foi tentado contato com a defesa atual de Carlos, mas não obtivemos resposta.

O pedido da retirada do monitoramento eletrônico foi feito no dia 5 de janeiro deste ano. Sendo que após isso, Carlos compareceria mensalmente em juízo.

Pagamento de fiança de R$ 20 mil

No dia 24 de março de 2022, foi paga a fiança de R$ 20 mil para a liberdade de Carlos. A fiança antes havia sido arbitrada em R$ 50 mil, e depois foi reduzida para R$ 20 mil. Para isso, a Mercedes-Benz C180 foi penhorada, sendo determinada a inclusão de restrição no sistema do Detran, na época.

Relembre o acidente

A denúncia foi apresentada no dia 11 de março de 2022. Conforme a peça apresentada pelo MPMS, Carlos teria agido com dolo eventual, assumindo o risco de matar na direção de veículo automotor. Com isso, matou Matheus e tentou matar a jovem de 18 anos, “não consumando seu intento homicida por circunstâncias alheias à sua vontade”.

Ainda de acordo com a acusação, Carlos se encontrou na madrugada do dia 28 com outros três amigos em um bar, na Rua Euclides da Cunha, no Centro. Lá, os amigos beberam três garrafas de whisky, com combos de energético, pagando aproximadamente R$ 1.230, conforme registrado na comanda.

Ao sair do bar, Carlos dirigia a Mercedes-Benz C180 e seguiu pela Rua Guia Lopes. Por volta das 5h40, no cruzamento com a Avenida Salgado Filho, desrespeitou a sinalização semafórica de parada obrigatória, colidindo na motocicleta Honda Fan vermelha, pilotada por Matheus e com a jovem na garupa, registra o MPMS.

Matheus teve a perna esquerda inteira decepada e morreu no local. A garupa foi encaminhada para a Santa Casa, onde permaneceu internada. A acusação registra ainda na peça que Carlos fugiu do local, deixou os amigos no Bairro Tijuca e saiu tomando rumo incerto e não sabido. Já por volta das 6h30 foi encontrado na MS-080, após o carro ficar sem combustível.

Ele foi submetido a teste de bafômetro que constatou 0,3 mg/l. Para o MPMS, Carlos agiu com dolo eventual, “uma vez que estava ciente do perigo concreto de acidente com seu veículo automotor ao dirigi-lo em alta velocidade, sob estado de embriaguez, além de desrespeitar a sinalização semafórica de parada obrigatória, vindo a colidir com a motocicleta na qual estavam as vítimas”.

Ficou concluído que Carlos assumiu o risco de matar as vítimas. Ele foi denunciado por homicídio simples, tentativa de homicídio e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool. Foram elencadas oito testemunhas de acusação a serem ouvidas no decorrer do processo.

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