Em 15 de fevereiro inicia o julgamento dos três réus, acusados da execução de Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, morto a tiros em 9 de abril de 2019. Matheus teria sido morto por engano, no lugar do pai, policial reformado da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).

Juiz que presidirá as sessões, Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, encaminhou pedido ao Presídio Federal de Mosorró (RN). É nesta unidade que se encontram presos os réus Jamil Name Filho, e Vladenilson Daniel Olmedo.

Isso, porque o julgamento será feito por videoconferência. Então, foi solicitado que a sala de videoconferência seja reservada por três dias – 15, 16 e 17 de fevereiro. O magistrado explica que “referido julgamento é de processo complexo, inclusive com a oitiva de 16 testemunhas”.

Ainda conforme o juiz, as sessões terão início às 8 horas, devendo encerrar às 17 horas.

Jovem foi executado quando chegava em casa

Na denúncia inicial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) constavam também outros acusados do crime. Entre eles, estão Jamil Name, José Moreira Freires, que morreram durante o andamento do processo, e Juanil Miranda, que nunca foi encontrado.

Este último ainda consta na lista dos mais procurados do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). Assim, narra a denúncia que por volta das 18 horas de 9 de abril de 2019, Juanil e Zezinho teriam assassinado Matheus.

O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Bela Vista. Assim, o relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.

Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da camionete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.

Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes' do grupo.

Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo (Grupo de Atuação Especial Especial e Combate do Crime Organizado).