Pular para o conteúdo
Polícia

Jovem ferida com tiro na cabeça pelo ex-namorado morre na Santa Casa de Campo Grande

Exame médico constatou morte encefálica e jovem sofreu parada cardiorrespiratória
Renata Portela -
Jovem foi morta pelo ex-namorado em abril deste ano (Foto: Reprodução/Facebook)

Na tarde desta terça-feira (2), foi constatado óbito da jovem Karolina Silva Pereira, de 22 anos, vítima de feminicídio em . O autor do disparo e ex-namorado da jovem está preso e agora responderá pelo crime, além do homicídio de Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos.

Conforme as informações da de Campo Grande, a jovem deu entrada na madrugada do dia 30, com o ferimento de arma de fogo na cabeça. Desde então, ela permaneceu internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva), em estado gravíssimo.

Foi aberto protocolo de morte cerebral de Karolina e o último exame realizado nesta terça-feira. Lamentando a morte da jovem, o padrasto contou ao Midiamax que o exame confirmou que Karol já não tinha mais atividade cerebral, sendo constatado o óbito.

Agora, o ex-namorado passa a responder por feminicídio, crime que ele teria premeditado.

Pai também estava preso

O pai do acusado de matar Luan Roberto na madrugada de domingo (30), no Bairro Monumento, recebeu a liberdade nesta terça-feira (2), em audiência de custódia. Ele foi preso por ter sido encontrada pelos policiais uma arma modificada.

Segundo o advogado Caio Moura, o irá responder em liberdade pelo crime de modificação de arma. Já o filho teve a preventiva decretada e será encaminhado para um presídio.

O acusado do assassinato planejou o crime quatro dias antes, após ver a ex-namorada trocando beijos com Luan em frente à residência da vítima, segundo informações passadas pelo advogado Caio Moura que ainda ressaltou: “Mais uma vez a defesa manifesta solidariedade às famílias, e trata o caso com muito respeito e seriedade. Buscaremos a aplicação da justiça, inerente a qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro neste território.”

Premeditação

De acordo com o advogado, antes de se entregar para a polícia, o assassino contou que dias antes de atirar contra Luan e a ex-namorada teria visto os dois se beijando em frente à casa dela e que, a partir desse dia, começou a planejar a morte da ex-companheira de 22 anos. A versão se diverge do relato das famílias das vítimas, que afirmam que os dois eram só amigos.

O rapaz ainda teria dito ao advogado que, como tinha cinco balas, o plano era usar duas na mulher e as três restantes em si mesmo e que, inicialmente, não planejava matar Luan. A arma usada para cometer o crime foi comprada de um desconhecido há muito tempo e ninguém tinha conhecimento da pistola porque era guardada em um quarto onde ninguém entrava.

O advogado ainda contou que o autor do crime tinha esperanças de reatar o relacionamento que durou seis meses e que tinha sido rompido há cerca de uma semana.

No dia do assassinato, ele mandou por três vezes mensagens perguntando para a ex-namorada se estava se relacionando com outra pessoa e ela negou. Porém, ainda conforme o relato do advogado, o suspeito supostamente teria visto ela com Luan, considerou a atitude “desonesta” e continuou com o plano de assassiná-la.

O homem, então, foi até a casa dela para esperá-la. Quando viu o casal, se aproximou e apontou em direção à ex-namorada, atirou na jovem e Luan reagiu perguntando: “o que é isso?” Em seguida, ele atirou no tórax de Luan e atirou novamente na ex-namorada. Luan morreu no local e a mulher foi internada em estado gravíssimo na Santa Casa.

O advogado Caio Moura diz que o cliente contou a ele que não tinha a intenção inicial de assassinar Luan e que se ele tivesse corrido não teria atirado contra ele. A intenção do assassino no início era matar a ex-namorada.

Depois do crime, ele contou que ainda teria tentado se matar, mas as balas “picotaram”, ou seja, falharam no momento do disparo. 

Dispensado do Exército

O advogado do autor do crime, Caio Moura, contou ainda que o cliente pediu dispensa do Exército há dois anos por problemas psicológicos depois de ter tentado se matar.

Conforme a explicação do advogado, o assassino tem depressão profunda, porém não tem diagnóstico porque teria passado apenas por uma psicóloga e depois de ter saído do Exército não procurou atendimento com psiquiatra.

Além disso, de acordo com o cliente, o contexto de ter depressão e passar o dia todo no quarto contribuiu para que ninguém entrasse no ambiente e soubesse sobre a arma escondida. Ele se entregou à polícia na noite de domingo (30) e foi interrogado pela delegada Elaine Benicasa.

Caio Moura explicou que deve entrar com pedido de liberdade do cliente e do pai do assassino, já que no sítio dele, onde o autor do crime se escondeu, foi encontrada uma arma modificada. Ele teria alterado uma arma de chumbinho para uma ponto 22 com a finalidade de “proteger” a propriedade.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados