Dois irmãos, de 20 e 18 anos, foram presos após realizarem um arrastão no Centro de Campo Grande. Após o flagrante, a dupla ainda fugiu da polícia em um carro, mas foi capturada.

A polícia foi acionada por funcionários da prevenção da Loja Americanas no Centro da cidade, após os dois jovens roubarem vários produtos, principalmente produtos para bebês, totalizando um prejuízo de R$ 383,91.

Ao chegar à loja, foram informados de que os autores ainda ameaçaram de morte os funcionários e que estariam na frente da loja. Ao avistarem a viatura policial, ambos entraram no veículo, um Fiat Siena e empreenderam fuga.

A polícia fez acompanhamento e deu ordem de parada com sinais socorros e luminosos, mas os criminosos não obedeceram, até que utilizaram uma viatura para cessar a fuga já na Rua Maracaju. Ao serem questionados do porquê não pararam, os irmãos disseram que não teriam ouvido os sinais, ou visto a viatura atrás deles.

Dentro do carro, foram localizadas duas embalagens com 4 pacotes de lenços umedecidos para bebês, além de um macacão e um short de bebê, dois pratos fundos com colher infantil, um shampoo, condicionador e máscara para cabelos, totalizando R$ 383,91.

No momento da abordagem, uma mulher de 71 anos, que se identificou como avó dos autores, compareceu no local.

Funcionário da Loja Americanas disse que momentos antes um funcionário da Loja Pernambucanas informou para que ficassem atentos já que a dupla, acompanhada de uma mulher grávida, havia acabado de tentar furtar o local. Momento em que avistou a dupla e tentou pará-la, mas foi ameaçado, quando os autores disseram que sabiam onde a vítima morava e que iriam pegá-la. Dizendo ainda que mataria quem se arriscasse. Os objetos levados, foram reconhecidos por funcionários da loja e a dupla encaminhada para a Depac Centro.

Na frente da delegacia, a avó dos suspeitos já os esperava. Ao sair, um policial visualizou um veículo VW Virtus em atitude suspeita que empreendeu fuga, furando o sinal vermelho. Questionada, a idosa contou que era outro neto, de 23 anos, irmão da dupla.

A mulher contou diversas mentiras para a situação após ser questionada de como chegou tão rápido ao local no momento em que os netos foram abordados na loja, e depois na delegacia.

Em depoimento, ela alegou que foi uma coincidência. No momento em que desceu de um ônibus em frente à loja, viu um aglomerado de pessoas, e ao se aproximar ficou sabendo que se tratava dos netos detidos por roubo.

Os pais da dupla são empresários e alegaram que os filhos trabalham com eles. Em depoimento, os jovens permaneceram em silêncio.

Consta no processo que o advogado da dupla requereu pedido de liberdade provisória por serem primários e terem residência fixa, o Ministério Público não se opôs, afirmando que os produtos roubados não são de grande monta, não portavam armas e nem agiram sob violência.