Em evento voltado à pauta do transtorno do espectro autista (TEA), o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) destacou que o tema une espectros políticos historicamente divergentes.
“Na comissão das pessoas com necessidades especiais da Câmara, temos um ambiente de interação extremamente harmonioso, onde pessoas da extrema esquerda à extrema direita conseguem dialogar, porque o objetivo é cuidar das pessoas”, afirmou durante entrevista ao Midiamax.
Autodeclarado autista nível 1 de suporte, Pollon compartilhou experiência pessoal e reforçou a urgência de políticas públicas mais humanizadas e funcionais. “Ser autista é ruim. Sem recurso, sem estrutura, é ainda pior”, pontuou o parlamentar, que relatou ter descoberto o diagnóstico após enfrentar dificuldades relacionadas à rigidez cognitiva.
Pollon criticou a lentidão, ou até a estagnação, do Poder Executivo na implementação de ações concretas. “Lento seria elogio para um poder que está parado. E, quando digo isso, é em todas as esferas”, alfinetou, sugerindo que a burocracia e a falta de escuta às pessoas com deficiência comprometem a efetividade das decisões governamentais.
O deputado ainda reafirmou o compromisso com ações práticas, como a destinação de recursos para casas de atendimento ao autista, já implantadas em pelo menos seis municípios sul-mato-grossenses. Segundo ele, qualquer proposta técnica ou sugestão que surgir no evento será protocolada até segunda-feira, no mais tardar.
A fala de Pollon revela, especialmente, um incremento nas suas bandeiras enquanto parlamentar. Eleito em 2021 sob as pautas da defesa da propriedade privada e do armamento civil, Pollon agora tem apreço pela causa atípica com lugar de fala. Hoje, ele e Amom Mandel (Cidadania/AM) são os únicos deputados autistas diagnosticados, entre 513 parlamentares.
“Somos de lados opostos politicamente. Mas, nessa pauta, buscamos o mesmo objetivo comum”, resumiu acerca da relação com o parlamentar amazonense.
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