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Polícia

Fevereiro é marcado por execuções de jornalistas na fronteira de MS desde 2012

Radialista foi morto em Pedro Juan Caballero e corpo sepultado nesta quarta
Ana Oshiro -
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Radialista foi sepultado nesta quarta-feira (Foto: Fala Povo)

Nesta quarta-feira (15) o corpo do radialista Alexander Álvarez Grance, de 39 anos, morto em atentado a tiros na tarde de ontem, foi sepultado em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul.

Álvarez foi atingido com vários tiros por um motociclista no caminho para o trabalho. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Regional. Após o velório, o corpo dele foi levado em um caminhão do Corpo de Bombeiros até o cemitério.

Durante a última despedida, marcada pela presença de familiares, amigos de profissão e autoridades políticas do Paraguai, todos pediam por justiça. O atirador não foi localizado até o momento.

Radialista foi assassinado a caminho do trabalho (Foto: Leitor Midiamax)

Paulo Rocaro

Desde 2012, o mês de fevereiro é marcado por atentados contra jornalistas na fronteira de Mato Grosso do Sul. No dia 12 de fevereiro de 2012, o jornalista Paulo Rocaro foi vítima da violência na região.

Rocaro tinha 51 anos quando foi executado por dois homens em uma moto na cidade de Ponta Porã. Ele foi atingido por nove tiros de pistola 9mm quando dirigia o carro do jornal onde trabalhava e era chefe.

O jornalista foi assassinado a mando do empresário Cláudio Rodrigues de Oliveira, por motivos políticos. Em setembro de 2015, o empresário morreu com vários tiros na porta da casa onde vivia, no interior de São Paulo.

Jornalista Paulo Rocaro foi executado em fevereiro de 2012 (Arquivo)

Léo Veras

Já em fevereiro de 2020, também no dia 12, a violência na fronteira tirou a vida do jornalista Lorenzo Veras, conhecido como Léo Veras, que tinha 52 anos.

Léo foi executado com 12 tiros dentro da própria casa, em Pedro Juan Caballero, enquanto jantava com a família. Três pistoleiros invadiram a residência e realizaram os disparos, Léo tentou fugir, mas foi alvejado nas costas e na cabeça.

Cinco homens e uma mulher suspeitos de ligação na execução foram presos ainda em 2020. As prisões aconteceram após a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), na época, divulgar que os tiros que atingiram Léo tinham sido disparados de uma pistola Glock 9 mm.

Jornalista Léo Veras foi executado na fronteira (Arquivo)

Waldemar Pereira Ribas, conhecido como ‘Cachorrão’, foi apontado como o responsável pela morte de Veras. Membro do PCC, ele continua preso por envolvimento com a facção, mas em novembro de 2022 foi absolvido pela morte de Léo.

A absolvição aconteceu depois que a principal testemunha disse no Tribunal do Júri que não havia visto o autor. O Conselho de Superintendência do Supremo Tribunal de Justiça ordenou uma revisão imediata nos autos do processo em que ‘Cachorrão’ foi absolvido.

“Cachorrão” foi preso por agentes da Polícia Nacional (Foto: Divulgação)

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