Morto estrangulado para não sujar casa, pedido de desculpas e ameaças: tudo sobre o caso Wagner

Três pessoas, entre eles o companheiro de Wagner, foram presas por envolvimento no crime

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Reprodução, Redes Sociais)

Premeditação, sangue-frio, cova cavada 11 horas antes do assassinato são alguns dos elementos do caso de Wagner Vicente Pereira da Silva, de 30 anos, assassinado e enterrado em uma casa na noite de domingo (19), no bairro Amambaí, em Campo Grande, pelo companheiro Everson dos Santos Alencar, que foi preso no seu local de trabalho, em um shopping da cidade.

O crime foi descoberto na tarde da segunda-feira (20), quando o irmão de Andres Adonis – que mantinha um caso com Everson – mandou mensagens pedindo desculpas e dizendo que o amava, mas no momento das mensagens não teria dado importância, achando que o rapaz estaria bêbado.

Mas, na segunda, Adonis chegou a casa do irmão chorando e com comportamento estranho, dizendo que havia matado Wagner juntamente com os outros acusados.

Ele ainda teria tentado o suicídio, mas foi impedido pelo irmão, que foi até a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) e denunciou o assassinato, que teria sido cometido por ciúmes.

Entenda o crime

  • Everson foi preso por policiais em seu local de trabalho, em um restaurante em um shopping da cidade onde trabalhava como cozinheiro.
  • Ele confessou o crime e disse que matou o companheiro por estar sendo ameaçado, mas não revelou que tipo de ameaças. 
  • Os comparsas relataram que Everson matou Wagner por ciúmes, já que a vítima estava apresentando comportamento diferente e aparecendo com roupas novas em casa.
  • O crime foi premeditado pelo menos 11 horas antes do assassinato, quando o trio chegou a discutir a melhor maneira de matar Wagner sem que sujasse a casa de sangue.
  • A morte, então, foi determinada por estrangulamento de fios, assim, não faria ‘bagunça’ na residência,
  • O trio atraiu Wagner por volta das 20 horas de domingo (19) até a casa, quando começaram uma discussão e cometeram o assassinato.
  • Uma cova já havia sido cavada no quintal da residência, onde o corpo foi enterrado sob orientações da vizinha Maria Nazaré para não deixar cheiros e o crime fosse descoberto.
  • O trio comprou argamassa, cimento e materiais de construção para enterrar o corpo de Wagner, que foi desenterrado por equipes da DHPP, após a denúncia do crime.
  • Foi determinada fiança de R$ 1.320 para Maria Nazaré e para os outros presos e feito o pedido de prisão preventiva.

Dia do crime

No domingo (19), Everson, companheiro de Wagner, recebeu mensagens de uma pessoa que seria endereçada à vítima. Logo após as mensagens, Everson, Talles, Andres encontraram a vítima no Horto Florestal e de lá todos foram para a casa, no Amambaí. Já na residência, o companheiro passou a agredir com tapas Wagner e logo depois os três passaram a enforcar a vítima com fios.

Wagner foi assassinado e o corpo jogado dentro da cova. A vizinha foi quem teria dado orientações de como fazer para que o corpo não exalasse cheiro e fosse percebido que alguém estava morto dentro da residência. Contra todos já havia pedido de prisão preventiva.

Local onde corpo foi encontrado na casa (Foto: PCMS)