A defesa do policial reformado José Roberto de Souza, acusado do assassinato do empresário Antônio Caetano, de 67 anos, no Procon no dia 13 de fevereiro deste ano, durante uma audiência de conciliação, vai pedir à Justiça, que o autor seja transferido para um hospital psiquiátrico. 

José Roberto da Rosa, advogado do autor, explicou que esta semana o PM foi internado por desnutrição e após um surto psicótico. Ele teve alta na quinta-feira (14) e já retornou ao Presídio Militar. 

Conforme explicou o advogado, o autor está em cela separada, após quase incendiar a outra cela que compartilhava com outros presos. 

“A própria Policlínica disse que não dá para ele continuar tratamento no presídio. Ele não está comento, está muito fraco, magro e desnutrido. Vou tentar com o juiz para ele ser transferido para o Nosso Lar [hospital]. Eu estou bem preocupado com ele. Por mais que o crime tenha sido horrível, não podemos deixa que ele seja colocado em uma situação desumana, por causa do crime que ele cometeu”, explicou.

Problemas psicológicos

José Roberto foi reformado em 2015 por problemas psicológicos. Na reserva desde 2011, ele acabou perdendo o porte de arma, bem como devolveu a arma funcional para a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o militar foi para a reserva remunerada em 2011, sendo reformado já em 2015. Isso teria ocorrido por problemas psicológicos, no entanto, não foram especificados quais seriam esses problemas.

Assim, com a motivação pela qual o militar foi reformado, ele deveria perder o porte de arma.

A princípio, o policial não tem antecedentes criminais.

Relembre o caso

No dia da prisão do policial, a defesa alegou que ele agiu mediante violenta emoção, após ter outras discussões com o empresário Antônio Caetano, de 67 anos. Conforme o advogado José Roberto da Rosa, o militar reformado firmou um acordo com Caetano, para um serviço na SW4 dele. Assim, Caetano prestaria o serviço de retífica do motor do veículo.

O valor teria ficado em R$ 30 mil, mas ainda conforme a defesa, Caetano teria apresentado uma nota fiscal de R$ 22 mil. A partir daí começaram os problemas com José de Souza.

O caso acabou precisando ser levado ao Procon, onde houve uma primeira audiência de conciliação, no dia 10 de fevereiro. Assim, Caetano se comprometeu a levar a nota fiscal no valor correto no dia 13.

José Roberto havia entrado com uma reclamação no Procon alegando ter sofrido transtornos neste período. Ele havia pedido uma indenização. No entanto, a causa foi ganha pelo empresário que demonstrou através de documentos que havia refeito o serviço para o militar assim que foi cobrado do defeito.

Já no dia do crime, durante a conciliação, o empresário cobrou o policial sobre os R$ 630 que ele havia ficado devendo e, nisso, José Roberto se levantou dizendo que iria pagar a dívida e atirou contra Caetano, que morreu no local.