A defesa de um dos envolvidos na briga em uma boate na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, no domingo (5), que acabou em tiroteio, pediu pela liberdade do homem, que está internado sob custódia da polícia na Santa Casa. Ele foi ferido a no abdômen.

De acordo com a defesa, os policiais que estavam de teriam feito 11 disparos contra o carro onde estava o grupo que havia saído da boate após uma briga por causa do sumiço de um cartão de crédito. Ainda segundo a defesa, os policiais estavam trabalhando de segurança na boate. 

O autor passou por cirurgia na Santa Casa onde teve de ser retirado o apêndice. Os advogados alegaram que ele possui trabalho fixo, já que é dono de uma barbearia e pediram pela liberdade com ou sem medidas cautelares.

Tudo que se sabe sobre a briga na boate

  • O grupo de rapazes e mulheres estava na boate quando as jovens saíram para comer espetinho e logo depois os rapazes acabaram sendo expulsos do estabelecimento pelos seguranças.
  • Durante a expulsão dos rapazes, um deles teria ameaçado o segurança da boate: “isso não vai ficar assim”.
  • O grupo saiu no carro em direção ao nos altos da Afonso Pena, onde durante o trajeto fez disparos. Eles voltaram para a boate, sendo que os rapazes entraram novamente no local. 
  • Um policial de folga que estava na boate presenciou a briga entre os seguranças e os rapazes. A confusão teria sido motivada pelo sumiço de um cartão de crédito de um dos autores. 
  • Na confusão, um dos seguranças, se referindo ao cartão, teria dito a um dos rapazes: “Cancela e pede outro”.
  • Durante a briga, o policial de folga se identificou abordando o veículo onde estavam os ocupantes e dando voz de parada aos autores que fizeram disparos contra o policial que revidou.
  • Foi dada ordem para que todos descessem do veículo, sendo que um dos rapazes saiu com uma das mulheres de escudo humano para não ser atingido por tiros. O policial ordenou novamente que largasse a arma e deitasse no chão.
  • Neste momento, o rapaz largou a arma dizendo “não me mata” e largou a mulher que estava fazendo de escudo humano. 
  • Os feridos pelos tiros foram socorridos e levados para o hospital, mas um dos envolvidos acabou fugindo da unidade de saúde. 

Envolvido já havia sido preso com armas pelo Choque

Em maio deste ano, um dos envolvidos no tiroteio foi preso no bairro Jardim Canguru, com armas e munições por equipes do Batalhão de Choque. No dia 28, os policiais foram chamados para atender a um caso de violência doméstica.

Mas quando chegaram ao apartamento encontraram um arsenal de armas escondidas nas roupas dos filhos do autor. No total foram apreendidas cinco armas, sendo pistolas e revólveres, além de 153 munições. Na época, os policiais ainda encontraram em um saco 15 anéis, quatro brincos e dois pingentes.