Bombeiros encontram corpo de Kauan que desapareceu em rio de Campo Grande
Kauan desapareceu na quinta-feira, mas família e Corpo de Bombeiros só souberam do afogamento na noite de domingo
Mirian Machado –
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O corpo do adolescente Kauan Rios da Silva, de 14 anos, que desapareceu há 4 dias no Rio Anhanduí em Campo Grande, foi localizado na manhã desta segunda-feira (25), cerca de 2 horas após o início das buscas, no Jardim Colorado.
O corpo estava enroscado em galhos de árvore, a cerca de 1 quilômetro de onde o adolescente desapareceu na última quinta-feira (21), quando saiu para nadar com outros três amigos.
Mergulhadores do Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas por volta das 7 horas desta segunda. O corpo foi encontrado depois de aproximadamente 2 horas de trabalho.
A Perícia foi acionada. O pai de Kauan já havia procurado a delegacia para registrar o desaparecimento do filho, que saiu de casa com três amigos por volta das 11h na semana passada.
Desaparecimento
Os amigos de Kauan só revelaram o afogamento do adolescente no domingo (24), quando foram até a casa do pai da vítima e contaram que o grupo foi na quinta-feira tomar banho no rio e Kauan teria se afogado.
Eles disseram que tentaram salvar ele, mas não conseguiram e que não contaram nada antes por medo do pai da vítima.
O pai então teria feito com que os meninos mostrassem o lugar para o Corpo de Bombeiros, já entre as 21h e 22h de domingo, mas nada encontraram, devido à escuridão.
As buscas foram iniciadas nesta segunda-feira (25), quando roupas e chinelo do adolescente foram encontrados.
Alerta e perigos
O dono de uma chácara, próximo da cachoeira onde o adolescente se afogou, disse que até tenta alertar os banhistas sobre o perigo do rio, que é bastante fundo na região, onde costumam usar uma espécie de tirolesa para pular na água.
Valdienio Cândido da Silva lembrou ainda que infelizmente essa não é a primeira tragédia que ocorre no local. Segundo ele, há 2 anos, uma criança morreu afogada no mesmo local. Em outra data, outro garoto desapareceu na ponte do Parque do Lageado e teve o corpo levado pela correnteza, sendo encontrado ali no mesmo local.
Valdienio disse que no último sábado (23), por exemplo, a cachoeira estava lotada de famílias, incluindo crianças, se refrescando. “A maioria das pessoas fica lá na parte de cima, porque é mais raso e dá para tomar banho, mas a molecada não houve o alerta. Eu explico, tento falar que ali na tirolesa é fundo, mas eles vêm na empolgação e quem não sabe nadar, afunda”, explicou o morador.
Capitão Ferrer, do Corpo de Bombeiros, explicou que o local não é apropriado para banho, além de pedras, é fundo e a água poluída, inclusive com despejamento de esgoto.
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