, de 4 meses, que caiu da janela do 3º andar do condomínio CH8, no Bairro Aero Rancho, em , no último dia 11, permanece internada na Santa Casa sem previsão de alta médica, no entanto, continua a apresentar melhoras no quadro de saúde. A informação foi confirmada pela mãe da criança, à reportagem do Jornal Midiamax, neste sábado (30).

Logo após a queda, a menininha foi levada em estado grave para o Regional e, devido à gravidade do caso, teve que ser transferida para a Santa Casa, onde permanece. Com o passar dos dias, a bebê reagiu, saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi levada para um quarto. “Ela está melhor sim. Não tem previsão de alta, mas está muito melhor”, garante a mãe.

A criança chegou ao hospital com quadro de traumatismo craniano e hemorragia. Ela caiu de uma altura de aproximadamente 15 metros. A bebê estava no apartamento sob os cuidados da irmã, de apenas 7 anos. O irmão, de 3 anos, também estava no local. A mãe das crianças havia saído e foi informada sobre o acidente, por telefone, pelos vizinhos.

Depois de levar a filha para o Hospital Regional, ela foi presa por abandono de incapaz e lesão corporal grave. As crianças, de 7 e 3 anos, foram levadas pelo Conselho Tutelar. A mãe foi liberada após passar por audiência de custódia no dia 14 de dezembro. Os filhos, que estavam em um abrigo, retornaram para casa após decisão judicial, no dia 19.

A mulher, que trabalha como auxiliar de serviços gerais, estava de licença maternidade quando aconteceu o acidente. Ela cuidava das crianças sozinha e sustentava a família, com renda de R$ 1.300, sem ajuda dos pais das crianças. O advogado Alfio Leão, que assumiu o caso, solicitou na Justiça que os homens contribuam com o sustento dos filhos.

Segundo a defesa da mãe, é necessário esperar o retorno do recesso judiciário para que a situação seja definida na Justiça, no entanto, ele afirma que o pai da bebê, que não havia registrado a filha, está contribuindo financeiramente.

“Ele já está ajudando, mas nada oficial porque o pedido de pensão foi requerido, mas o judiciário entrou em recesso e precisamos aguardar o retorno”, explica.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil, a bebê estava chorando e a irmã, que cuidava dela, tentava acalmá-la. A menininha se aproximou da janela a fim de mostrar para a bebê as crianças que estavam brincando no pátio do condomínio, quando aconteceu a queda.

Crinaças e outros moradores viram o momento em que a bebê caiu. A mãe não estava em casa e foi informada por telefone sobre o acidente.

A mulher pediu que ninguém mexesse na bebê até a chegada do Corpo de Bombeiros, no entanto, uma vizinha que tem curso de primeiros socorros, se apresentou e pediu para auxiliar no socorro. Com autorização da mãe, ela fez massagem cardiorrespiratória e pediu ajuda para que a criança fosse levada com urgência para o Hospital.

Um vizinho que estava de carro levou a mãe, a bebê e a vizinha até o Hospital Regional. Durante o trajeto, a moradora continuou com o procedimento de reanimação e foi ela quem deixou a bebê na emergência aos cuidados de enfermeiros. Devido à gravidade do caso, a menina foi transferida para Santa Casa.

Equipes do Corpo de Bombeiros, e Polícia Civil foram acionadas. À reportagem do Jornal Midiamax, vizinhos disseram que a mãe das crianças procurava por uma babá para cuidar dos filhos porque terá que retornar para o trabalho ainda neste mês, quando termina a licença maternidade.

Denúncia no Conselho Tutelar

A criança de sete anos não estava estudando. A escola, onde a menina estava matriculada, procurou o Conselho Tutelar por duas vezes para denunciar a ausência da criança.

A primeira denúncia feita pela escola foi no dia 11 de novembro de 2022, relatava a evasão escolar já que a criança não estava realizando as atividades pedagógicas. A outra denúncia feita pela escola foi registrada no dia 17 de maio deste ano pelo mesmo fato. Os dois casos são anteriores ao nascimento da bebê que tem 4 meses.

O Conselho Tutelar Sul, confirmou as denúncias sobre a ausência da menina na escola e disse que a mãe foi chamada ao Conselho e não compareceu. O advogado da mãe garantiu que ela tentou mudar o horário da filha na escola, mas não conseguiu vaga, e por isso, vai ser feito o pedido de vagas de creche e escola para as crianças.

Pais de bebê e irmãos responderão por abandono material

Segundo a delegada responsável pelas investigações, Nelly Macedo, o homem que se apresentou como pai da bebê, mas não registrou a criança, vai responder por abandono material, por não ajudar financeiramente. Os pais das outras duas crianças também serão intimados. A Polícia investiga a responsabilidade dos pais pela ausência paterna.

“Podemos perceber que esta mãe estava sobrecarregada há algum tempo com três crianças sozinhas, então, vamos apurar uma possível responsabilização deles, e ver se estavam cumprindo com as obrigações.”, declarou a delegada.

O advogado disse que foi solicitada uma bolsa de ajuda financeira para a mulher que recebe R$ 1.300 na função de auxiliar de serviços gerais.