Arma de vizinha que matou adolescente com tiro no olho foi comprada há 1 ano
Vizinha disse que adolescente tinha ido buscar arma emprestada quando aconteceu o tiro
Thatiana Melo –
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A arma da vizinha que matou o adolescente Wandré de Castro Ferreira, de 17 anos, na madrugada de sábado (2) em um residencial no Jardim Canguru, em Campo Grande, havia sido comprada há 1 ano pela mulher que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesse domingo (3).
Durante seu depoimento, ela contou que havia comprado a arma e as munições há pelo menos 1 ano, mas não revelou o porquê teria comprado a arma. Ela ainda falou que o adolescente tinha ido até sua casa para pegar a arma emprestada e quando ela municiou acabou fazendo um disparo acidental atingindo o olho de Wandré.
O adolescente morreu no local antes da chegada do socorro. Os filhos da mulher disseram só terem ouvido o barulho do disparo, já que estavam em outro quarto. A mulher foi presa e já teve a prisão preventiva decretada.
“Verifica-se, in casu, pelas condições do delito, em especial pela natureza do crime, praticado com emprego de grave ameaça e violência à pessoa, aliado ao registro dos antecedentes, sendo inclusive reincidente, com duas outras condenações anteriores pelo crime de tráfico de entorpecentes, esclarecendo que, em que pese os argumentos da defensa quanto a existência de filhos menores e portador de deficiência, tenho que tal argumento não deve prosperar, haja vista que o fato da autuada estar na posse de arma de fogo, revela a periculosidade para os menores”, diz o magistrado Jorge Tadashi Kuramoto.
“Dessa forma, havendo, em tese, prova da materialidade e indícios de autoria, presentes o fumus comissi delicti e o periculum libertatis, entendo necessária a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal, bem como o perigo gerado pelo estado de liberdade do(s) imputado(s), conforme descrito acima”, finaliza o juiz.
Morte do adolescente com tiro no olho
O crime aconteceu na madrugada de sábado (2) em um residencial no Jardim Canguru. A suspeita do crime, de 44 anos, é vizinha da família do garoto e alega que o disparo foi acidental.
Ao Jornal Midiamax, a mãe da vítima disse que já estava deitada quando uma das filhas da autora bateu na porta. “Ela disse para eu não ficar brava e que a mãe dela tinha dado um tiro sem querer no meu filho. Eu desci correndo até o apartamento dela e quando entrei no quarto meu filho estava caído no pé da cama com um tiro no olho”, detalha.
Segundo ela, a suspeita estava embriagada e teria consumido bebida alcoólica durante todo o dia. “Ela nem chamou a polícia ou o socorro, eu que tive de ligar para o Samu”, conta.
Para a família e para a polícia, a mulher sustentou a tese de que não sabia que a arma estava carregada. No apartamento, foi apreendido um revólver calibre 38 e quatro munições intactas.
“Meu filho estava todo feliz porque o pai tinha conseguido um emprego para ele, ia começar a trabalhar dia 6. Era um menino bom, que nunca mexeu com coisa errada”, afirma a mãe. Segundo ela, o menino faria 18 anos no dia 25 de novembro.
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