Benhur Flores Pereira, apontado como chefe da facção ‘Os Manos', uma das mais perigosas do , vai continuar recolhido no Presídio Federal de Campo Grande, onde cumpre a sentença de 175 anos de prisão. A decisão é do ministro Humberto Martins, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que negou pedido de para que o criminoso fosse transferido para alguma penitenciária gaúcha.

As informações são de que organização chefiada por ele pratica tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, lavagem de dinheiro e roubo. As ordens e planos de ataque são enviados por lideranças que, na maioria dos casos, já estão em presídios do Rio Grande do Sul e quem, mesmo diante da restrição de liberdade, continuam tendo acesso e contato com comparsas em liberdade.

A transferência de Tiago para o presídio de Campo Grande foi determinada pelo TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul), que ressaltou a necessidade de afastá-lo da convivência com outros presos da organização, considerando a sua periculosidade e a posição de liderança no esquema criminoso. Segundo o acórdão da corte gaúcha, o cumprimento da pena teve início em 2006 e, desde então, houve a abertura de outras cinco ações penais contra ele.

Fuga

A decisão de segundo grau também destacou que o apenado já esteve no sistema penitenciário federal — no caso, a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) —, após comandar e financiar a escavação de um túnel para a fuga de detentos custodiados no Presídio Central de Porto Alegre.

No pedido feito ao STJ, a defesa alegou ausência de contemporaneidade dos motivos invocados para a remoção do preso para o sistema federal, pois ele apresentaria excelente comportamento carcerário desde 2017.

Argumentou, ainda, que o apenado possui graves enfermidades ortopédicas e que vinha sendo atendido por médico de sua confiança na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (RS), onde estava detido antes da transferência para o presídio federal de segurança máxima no MS.