Seis são presos com carga de produtos agropecuários oriunda de golpe em Três Lagoas

Estelionatários usavam nome de pessoa já falecida para aplicar golpes

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Seis pessoas foram presas pela Polícia Civil por receptação e associação criminosa, na terça-feira (11), em Três Lagoas. Eles estavam com um carga de produtos agrotóxicos fruto de um golpe dado naquela cidade. 

Segundo informações da Polícia Civil, o material foi roubado, mediante estelionato, de uma empresa de Rio Brilhante. Os produtos estavam sendo negociados por um presidiário, que cumpre pena no presídio de Três Lagoas. 

A PC recebeu denúncia sobre a empresa, que tem sede em Bandeirante e Campo Grande, havia sido vítima de golpe com prejuízo estimado em R$ 190 mil e que os materiais tinham sido levados para Três Lagoas.

Flagrante

Os policiais localizaram um depósito, em uma casa desabitada, e perceberam uma movimentação incomum no lugar. Durante monitoramento a PC flagrou algumas pessoas chegando ali com caminhonetes e entravam na garagem do imóvel. Lá dentro, eles faziam a carga de sal, arame de cerca, dentre outros produtos.

As equipes se aproximaram e realizaram a abordagem. Sete pessoas foram abordadas, sendo: o proprietário da casa, intermediários da venda e adquirentes dos produtos de crimes, de 54, 40, 39, 36, 20, 38 e 35 anos. No entanto, ficou demonstrado que o último citado teria sido apenas contratado para fazer o carregamento da carga.

Conforme as investigações em curso, a carga – orçada em R$ 39 mil – estava sendo negociada por um presidiário de 32 anos, o qual se encontra preso em Três Lagos, por ter sido alvo de uma operação policial referente a crimes de organização criminosa, cárcere privado, homicídio e tentativa de homicídio – as vítimas foram encontradas mortas e carbonizadas na região rural da cidade.

Golpe

Levantamentos da Polícia Civil apontam que os golpistas faziam compras em nome de uma pessoa já falecida, carregavam os caminhões com as mercadorias e as revendiam no Estado a um preço bastante inferior ao de mercado.

Segundo o comerciante que foi vítima dos criminosos, o prejuízo que sofreu gira em torno de R$ 190 mil, sendo que o restante da mercadoria foi direcionado para outra região e ainda não foi localizada.

Os investigados foram presos em flagrante, dos quais quatro por crimes de receptação e associação criminosa, sem direito a fiança, e dois, por crime de receptação, com direito a fiança que foi arbitrada no valor da nota fiscal do produto adquirido, ou seja, R$ 39.166,50 nove mil. O valor não foi recolhido, razão pela qual todos foram encaminhados ao presídio local. A carga recuperada será inteiramente restituída à vítima.

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