Os quatro jovens, um de 19 anos e três de 21 anos, presos em flagrante no fim da tarde de terça-feira (7) por suposto envolvimento nas execuções de Rafael Costa Soares Silveira, 21 anos, e Pedro Henrique Ferreira da Silva, de 20 anos, negaram os crimes. Além disso, alegaram que não estavam comemorando os crimes, mas participando de um aniversário no Caiobá.

Consta no registro policial que equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) tinha informação de que dois suspeitos de envolvimento no crime estariam na festa, comemorando o resultado dos assassinatos. No local, encontraram os rapazes, sendo que um teria colocado uma arma de fogo em cima de um balcão.

Os policiais então fizeram abordagem, encontrando ao todo três armas de fogo, sendo um revólver calibre 22, um calibre 32 e outro calibre 38. Com o quarto suspeito preso não foi encontrada arma, mas teria sido localizada droga na residência dele, no Bairro Celina Jallad. No entanto, este rapaz de 21 anos negou a propriedade da droga e assumiu ser dono de uma das armas apreendidas.

Os quatro presos em negaram participação nos homicídios e ainda relataram o mesmo fato, que participavam do aniversário do primo de um deles. Eles foram encaminhados para a delegacia e passam por audiência de custódia na quinta-feira (9).

Morto por engano

Uma das linhas de investigação do assassinato de Rafael aponta que ele teria sido morto por engano, no lugar de Pedro, que foi executado no dia seguinte. O caso é investigado na Delegacia de Polícia Civil.

Moradores da Nhanhá teriam relatado ao Midiamax a suspeita de que a morte de Rafael teria ocorrido ‘por engano'. No entanto, ainda não há informações oficiais sobre as execuções, de quais seriam as motivações.

Execuções na Nhanhá

Rafael foi assassinado na madrugada de segunda-feira (6), por volta das 4 horas, no cruzamento da Rua Sol Nascente com Pirineus. Testemunhas acionaram a Polícia Militar e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Rafael foi encontrado no chão, com os ferimentos por arma de fogo.

Ele foi atingido por três disparos, nas costas, nádegas e braço e foi socorrido, mas não resistiu. Antes ainda de falecer, os policiais teriam questionado sobre a autoria do crime, ao que Rafael respondeu “Aqui não posso falar”.

Morto a tiros de pistola

Pedro Henrique foi morto a tiros de pistola, por volta das 22 horas de segunda. Duas pessoas em uma motocicleta se aproximaram da vítima e, conforme o registro policial, o garupa estava armado com duas pistolas. Ele fez vários disparos que atingiram a vítima.

Equipes da Polícia Civil foram acionadas e recolheram 12 estojos de 380, além de dois projéteis deformados. socorreu Pedro, que ainda foi levado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

Cometia delitos desde a adolescência

Pedro era investigado por suspeita de assassinar Leandro Andrade Oliveira, em outubro de 2021, no Aero Rancho. O crime aconteceu em um baile funk, quando a vítima foi atingida por um tiro no ouvido e chegou a ser socorrida, mas acabou falecendo no hospital.

Pedro Henrique tem passagens desde quando era menor infrator sendo uma das últimas registradas, em janeiro de 2019. Quando maior, acumulou mais de 10 passagens, entre elas porte de arma, tráfico de drogas, furto, desacato, ameaça e lesão corporal dolosa, além da suspeita de homicídio por emboscada e traição.

Em 8 de outubro, Pedro foi preso em flagrante portando um revólver calibre 38, municiado. Ele relatou que comprou a arma para defesa, já que tinha várias inimizades por causa do tráfico de drogas. Pelo crime, foi condenado a cumprir dois anos de reclusão em regime semiaberto.

Pedro cumpria prisão no Presídio de Regime Fechado da e naquele dia 31 de janeiro, após a sentença, teve o alvará de soltura concedido.