Preso em Campo Grande, suspeito no caso Marielle Franco é alvo da PF por tráfico de armas
Foram cumpridos 12 mandados no Rio de Janeiro e em Mato Grosso do Sul
Arquivo –
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O alvo da operação ‘Florida Heat’, deflagrada na manhã desta terça-feira (15) pela Polícia Federal, contra organização criminosa voltada ao tráfico internacional de armas dos EUA para o Brasil, já está no presídio, segundo informações passadas pela PF. Ronni Lessa era alvo da operação, que cumpriu 12 mandados em dois estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul.
Segundo a Polícia Federal, um mandado de prisão teria sido cumprido em Campo Grande e o alvo já estaria no presídio. Um dos alvos da operação é Ronni Lessa. O policial militar é acusado de ser executor da vereadora Mariele Franco e de seu motorista, em 2018.
A operação é em conjunto com Ministério Público Federal. Membros do Gaeco/MPF e agentes americanos cumprem sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na capital do Rio, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e em Miami, nos EUA.
As investigações, que começaram há dois anos, descobriram um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posterior, envio ao Brasil. A internalização do armamento, no Brasil, se dava por meio de rotas marítimas — contêineres — e aéreas — encomenda postal — pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro.
Na maioria das vezes, o material era escondido em equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados junto a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados. Desta residência, as peças eram retiradas pelos integrantes da célula no Rio de Janeiro — responsável pela usinagem e montagem do armamento, com auxílio de impressoras 3D, que posteriormente eram distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.
A quadrilha investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Também foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. Ao longo da investigação, houve apreensão de milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA.
Ronnie Lessa
Principal suspeito de assassinar a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, o policial reformado Ronnie Lessa disse, em entrevista à revista Veja, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) o ajudou em 2009 para que ele recebesse prioridade em um atendimento na ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação), mas que mal o conhece.
Na época, o hoje chefe do Executivo era deputado federal. O policial militar reformado, de 51 anos, está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.
Ronnie Lessa morava e foi preso no mesmo condomínio em que Jair Bolsonaro morava com a família na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o suspeito de matar Marielle afirmou à revista que nunca foi próximo do presidente. “É um cara esquisito. Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, disse para a Veja.
Na época, o hoje chefe do Executivo era deputado federal. O policial militar reformado, de 51 anos, está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.
Ronnie Lessa morava e foi preso no mesmo condomínio em que Jair Bolsonaro morava com a família na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o suspeito de matar Marielle afirmou à revista que nunca foi próximo do presidente. “É um cara esquisito. Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, disse para a Veja.
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