Policial militar que ‘ajudava’ contrabandista e recebia propina é preso preventivamente
Conversas no celular do PM flagraram as negociações
Renata Portela –
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Condenado por tráfico de drogas e atualmente preso em Campo Grande, soldado da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) se tornou réu e teve prisão preventiva decretada por corrupção e facilitação de contrabando. Conversas no celular do policial flagraram as negociações com um contrabandista de outro estado.
Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), as conversas foram identificadas pela perícia no celular do policial militar. Os crimes teriam acontecido entre junho e setembro de 2020, em Caarapó, onde o militar era lotado. Tudo começou naquele mesmo ano, em setembro, quando um traficante foi preso em flagrante.
O acusado foi detido em Juti pela Polícia Civil e acabou entregando o nome do fornecedor. Este foi identificado e então relatou que também tinha um fornecedor, que seria o policial militar. Assim, o militar foi preso naquela época pelo tráfico de drogas, crime pelo qual foi condenado.
A partir daí, o celular do policial teria passado por perícia, o que identificou as conversas sobre contrabando, recebimento de propina e facilitação de contrabando. Foi identificado o número de um contato, de outro estado, com quem o militar trocava mensagens frequentes. Nas conversas, inclusive, ele negociava produtos que já tinham sido apreendidos.
Em uma conversa, o contrabandista questiona o PM sobre os produtos, mas o militar diz que não conseguiria negociar, porque quem tinha apreendido era o comandante do pelotão. Além disso, ele alertava o comparsa sobre a presença de equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e PRF (Polícia Rodoviária Federal) nas estradas da fronteira.
Também há negociação de carros que passariam pela cidade em que o militar atuava. Ele cobrava R$ 150 por veículo que deixaria passar. O contrabandista chega a falar com o PM ainda sobre carros com produtos que ‘caíram’, para ver se o militar conseguiria ajudar a recuperar os produtos.
O militar foi denunciado e se tornou réu em julho deste ano, quando também teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Alexandre Antunes da Silva.
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