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Polícia

Novembro terá julgamentos de ao menos 3 feminicídios em Campo Grande

Vítimas tiveram a vida interrompida em 2022 por seus companheiros, que não aceitavam o fim do relacionamento
Mirian Machado -
Natalin, Francielli e Eloisa tiveram a vida interrompida em 2022, por seus companheiros

O Tribunal do Júri do mês de novembro será marcado por julgamentos de casos que tiveram grande repercussão. Autores de pelo menos três crimes de feminicídios e uma tentativa vão estar diante dos jurados no júri popular.

Entre os casos está o do Fabiano Querino dos Santos, de 35 anos, que matou a facadas a ex-esposa Eloisa Rodrigues de Oliveira, de 36 anos, em março deste ano, no Bairro , dentro da própria casa e na frente do filho de 8 anos.

O casal viveu junto por 4 anos entre idas e vindas, mas na época do fato estavam separados. O homem era ciumento e não deixava Eloisa em paz, a perseguindo sempre que tentava colocar fim no relacionamento.

Na data do crime, Eloisa estava sentada em uma cadeira mexendo no celular, quando Fabiano entrou na cozinha da casa, pegou uma faca e a golpeou na barriga, dizendo ainda que havia cometido o crime, porque a mulher estaria lhe traindo. Depois do crime fugiu, mas foi preso após dois dias escondido em Ribas do Rio Pardo.

Fabiano vai a júri dia 16 pela 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri.

Francielli Guimarães Alcantara

Ainda este mês, dia 21 também senta no banco dos réus Adainton Freixeira da Silva, de 46 anos, acusado de torturar até a morte a esposa Francielli Guimarães Alcantara, de 36 anos, em janeiro deste ano. O caso chocou a população da Capital. Adailton manteve a esposa sob cárcere privado, sendo torturada por cerca de um mês, além de a estrangular.

A princípio, quando o corpo de Francielli foi encontrado em casa, a situação era tratada como morte natural, mas o laudo da funerária constatou lesões no corpo da vítima, o que reacendeu alerta para agressões. No Imol, foi constatado que a mulher foi vítima de estrangulamento, asfixiada com um cordão em volta do pescoço. No corpo havia várias outras lesões, como dente quebrado, unhas quebradas, ferimentos na cabeça, o cabelo totalmente cortado, que evidenciavam a tortura que ela sofreu por pelo menos um mês.

Pouco depois, familiares procuraram a delegacia e relataram que Francielle era mantida em cárcere pelo marido. Ela teria confessado a ele um relacionamento extraconjugal, quando as torturas começaram.

A vítima teve o cabelo cortado pelo marido, apresentou vários hematomas por todo o corpo e, segundo a polícia, as nádegas da vítima estavam sem a pele, cobertas com bandagens. Foi relatado ainda que o homem a feria nas partes íntimas com o auxílio de uma faca. Adailton foi preso três dias depois em Cuiabá, no Mato Grosso.

Natalin Nara Garcia de Freitas Maia

Outro feminicídio de grande repercussão e que também chocou a cidade foi o do ex-militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro de Lima Souza, de 32 anos. Ele é acusado de matar a esposa Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, de 22 anos, asfixiada em fevereiro deste ano. O julgamento de Tamerson era para acontecer no mês passado, mas precisou ser adiado por falta de laudos. Foi determinada a apreensão de um para ser periciado, e só após esse laudo o julgamento poderia ocorrer, por isso teve de ser remarcado.

Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha. Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão’.

Natalin foi morta por asfixia mecânica. A filha do casal esteve na residência todo o tempo durante o crime. Tamerson então enrolou o corpo da esposa em um lençol e colocou no porta-malas do carro. Na manhã seguinte, ele ainda levou a filha de apenas 4 anos para a escola, com o corpo da mãe no veículo.

Depois, dirigiu até a Rodovia BR-060, onde desovou o corpo da esposa em um matagal. Ele foi denunciado pelo feminicídio qualificado pelo motivo torpe, na presença de descendente e emprego de asfixia, além da ocultação de cadáver. 

Tamerson esteve preso na Base Aérea de , quando foi detido em após o corpo de Natalin ser encontrado, mas foi transferido ao presídio após a exclusão da FAB.

Durante interrogatório, ele chegou a chorar e disse que estava arrependido.

Em novembro, acontecem ainda outros julgamentos por tentativa de feminicídio e por homicídio, tanto da 1ª quanto da 2ª Vara Criminal.

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