O militar excluído da Polícia Militar de Mato Grosso  do Sul, após ser preso em 2017 durante a Operação Oiketicus, contra a , foi reintegrado a força policial do Estado, como publicado em Diário Oficial desta segunda-feira (11). 

O militar foi excluído ‘ex-officio' por decisão judicial das fileiras da Polícia Militar do Estado de , em maio deste ano. Na publicação do Diário desta segunda, foi determinado “Reintegrar, por decisão judicial, ao efetivo ativo da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, como soldado PM “sub judice”'. 

A reintegração do militar foi assinada pelo Comandante Geral da PM, Marcos Paulo Gimenez. 

A investigação apontou uma rede que abrangia policiais militares, principalmente os que atuavam na fronteira, para a prática do crime de corrupção e organização criminosa. Eles facilitavam o contrabando e recebiam propina. Quando preso foi encontrado com ele R$ 16.030.  

Máfia dos cigarreiros

A Operação Oiketicus foi desencadeada em 2018 pelo (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar. Ao todo, 29 policiais foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada Máfia dos Cigarreiros.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina, interferindo na fiscalização de caminhões de cigarros, para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos. Conforme a denúncia, os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas.

Além disso, as atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos. O primeiro núcleo compreendia a região de Bela Vista, Jardim, Guia Lopes da Laguna, e Bonito; ao passo que o segundo Maracaju, Dourados, Naviraí, Mundo Novo, Iguatemi, e Eldorado.