Justiça nega liberdade a ex-servidores investigados por desvios em prefeitura de MS

Nova audiência do caso será no próximo dia 30 de março

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A Justiça da comarca de Rio Brilhante negou mais uma vez liberdade a dois ex-servidores da prefeitura. Eles são réus por peculato em processo que investiga esquema milionário de desvio de recursos do município, crime desarticulado no âmbito da Operação Dark Card, deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

Na última audiência do caso, as defesas apresentaram pedido de revogação das prisões preventivas dos réus, mas conforme registro, não apresentaram fatos novos que pudessem modificar outras decisões idênticas já proferidas. A Justiça também determinou que seja juntada aos autos uma gravação feita por um secretário e que expõe os envolvidos.

Além disso, foi designado para o próximo dia 30 de março, às 13h30, audiência de instrução do caso, oportunidade em que serão ouvidas testemunhas arroladas pela defesa e acusação. 

Conforme já noticiado, a Dark Card teve três fases ao longo de 2021. A primeira delas, no dia 30 de setembro, teve como objetivo desarticular esquema de desvios de recursos públicos por meio da compra de combustíveis. Foram cumpridos dois mandados de prisão, além do sequestro de bens, com apreensão de veículos, joias e bloqueio das contas bancárias. 

Foi descoberto um desvio de R$ 1 milhão e 400 mil da prefeitura de Nova Alvorada do Sul, com abastecimentos simulados, em 2020, e de R$ 330 mil em três meses do ano passado, na prefeitura de Rio Brilhante. Já na segunda fase, no dia 14 de outubro, o ex-servidor e um empresário foram presos. 

Na terceira fase, no dia 30 de novembro, o alvo foi uma oficina de Dourados. As informações eram de que a oficina recebia dinheiro da prefeitura para a prestação de serviços mecânicos e aquisição de peças, no entanto, esses serviços nunca foram prestados.

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