A juíza Mariana Rezende Ferreira Yoshida, da Vara Cível de Rio Brilhante, determinou a transferência para uma prisão especial do ex-servidor da prefeitura daquele município, acusado de envolvimento com o desvio de mais de R$ 1 milhão em combustíveis dos cofres públicos. O réu foi preso durante a Operação Dark Card, deflagrada pelo pela Polícia Civil local e Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

Em sua decisão, a magistrada determinou que a (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e a Covep (Coordenadoria das Varas de Execução Penal) sejam informadas para que possam providenciar vaga em uma das unidades que têm cela especial, a exemplo do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. “Com a informação, oficie-se à Agepen para que providencie a transferência”, lê-se no despacho.

Conforme já noticiado, a Dark Card teve três fases ao longo de 2020. A primeira delas, no dia 30 de setembro, teve como objetivo desarticular esquema de desvios de recursos públicos por meio da compra de combustíveis. Foram cumpridos dois mandados de prisão, além do sequestro de bens, com apreensão de veículos, joias e bloqueio das contas bancárias. 

Foi descoberto um desvio de R$ 1 milhão e 400 mil da prefeitura de Nova Alvorada do Sul, com abastecimentos simulados, em 2020, e de R$ 330 mil em três meses do ano passado, na prefeitura de Rio Brilhante. Já na segunda fase, no dia 14 de outubro, o ex-servidor e um empresário foram presos. 

Na terceira fase, no dia 30 de novembro, o alvo foi uma oficina de Dourados. As informações eram de que a oficina recebia dinheiro da prefeitura para a prestação de serviços mecânicos e aquisição de peças, no entanto, esses serviços nunca foram prestados.