Mecânico de 45 anos e vizinho de Monalisa Pereira Alves Muricy, de 55 anos, assassinada a facadas na noite desse domingo (27), no Distrito de Anhanduí, em Campo Grande, falou ao Jornal Midiamax que a vítima era uma ‘pessoa muito boa’. O suspeito do crime, namorado de Monalisa, está foragido. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
O mecânico contou que no domingo (27) foi até a sua casa que está reformando – ele está na casa da irmã enquanto faz a reforma – para molhar as plantas quando viu Monalisa na varanda de casa sentada em uma cama usada como sofá.
Ele disse que Monalisa o chamou para almoçar, que estavam fazendo churrasco na casa dela e bebendo. O mecânico falou que estava cheia de garrafas e latas de cerveja esparramadas pela casa, e que dentro do imóvel dava para ouvir tiros disparados contra as latas.
O homem conversou rapidamente com ela e resolveu ir embora, já que percebeu que estavam embriagados. Ele disse que só conhecia o namorado de Monalisa de vista.
Outro vizinho, que não quis se identificar, comentou que não ouviu gritos no dia do crime, mas que o casal vivia discutindo.

Briga por dinheiro
Segundo a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Rafaela Lobato, a mulher tinha uma aposentadoria e o suspeito se aproveitava dessa situação. Lobato ainda disse que questões financeiras seriam a causa do feminicídio.
A casa onde Monalisa foi assassinada era usada para consumo de drogas por várias pessoas. Lá os policiais apreenderam pasta base de cocaína. Ainda segundo a delegada, o suspeito tem passagens por tráfico de drogas, um homicídio em Dourados, lesão corporal dolosa e receptação.
As passagens vão de 2007 a 2018. O homem está foragido e a polícia procura por ele. O amigo do suspeito foi preso e no momento da sua detenção teria dito que tinha se arrependido do que havia feito. Já na delegacia, negou participação no crime.
O feminicídio
Monalisa estava em sua casa na companhia da amiga, do namorado e de outro homem, por volta das 21h30, quando estavam bebendo. Segundo relatos feitos à Polícia Militar, o namorado passou a esfaquear a vítima e o outro homem que estava na residência também pode ter dado facadas em Monalisa.
Logo após o crime, os dois homens fugiram. A amiga não soube explicar o que aconteceu. Ela disse aos policiais que Monalisa mantinha um relacionamento amoroso com o autor há poucos meses. O suspeito abandonou o celular na casa e a faca usada no crime a alguns metros da residência.
Os policiais fizeram buscas e só localizaram o amigo do suspeito, que foi levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Equipes do GOI (Grupo de Operações Especiais) foram acionadas, mas o autor não foi localizado.
A amiga de Monalisa estava na casa quando aconteceu o assassinato. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).