É preciso ser ‘cavalheiro, amável e respeitoso’, postou militar para Natalin nas redes sociais

Na internet, homem que cometeu crime cruel demonstrava ser amável com a família

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Crime cruel que acabou ceifando a vida de Natalin Nara Garcia de Freitas, de 22 anos, chocou já que não condizia com as palavras amorosas declaradas nas redes sociais por Tamerson de Souza, militar da Aeronáutica, que se declarava apaixonado pela esposa. Natalin foi morta por esganadura e teve o corpo encontrado abandonado às margens da BR-060, no domingo (6).

Em uma das postagens, Tamerson diz que o marido “precisa cuidar da esposa, ser cavalheiro nos gestos, e amável nas palavras para o sucesso do relacionamento”. A postagem foi feita nas redes sociais pelo militar. Tamerson foi preso nessa segunda-feira (7), levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e depois encaminhado para a Base Aérea. 

Depoimento de Tamerson

Natalin morreu por esganadura depois do militar aplicar um golpe de mata-leão na esposa, na última sexta-feira (4), na residência do casal. Para a filha de 4 anos, Tamerson disse que a mãe havia passado mal e morrido no hospital. Ele escondeu o corpo da jovem no porta-malas do carro e o desovou no domingo (6) às margens da BR-060. 

Em depoimento, Tamerson contou que na madrugada de sexta (4), Natalin chegou por volta das 2 horas da madrugada embriagada e o casal acabou brigando, sendo que ele aplicou um mata-leão nela para contê-la, mas acabou matando a esposa. Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta.  O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ele esperou o dia clarear e levou a filha de 4 anos para a escola, com o corpo escondido no carro. Depois foi até a rodovia e pegou uma estrada de chão, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou. 

Em seguida, Tamerson foi para a Base Aérea e depois marcou um encontro com uma prostituta de um site de acompanhante. No entanto, segundo o militar, o encontro aconteceu para ele ‘somente desabafar’ sobre a crise no casamento, não revelando para a mulher que havia assassinado a esposa, e, segundo ele, não aconteceu relação sexual entre os dois. 

Ainda em seu depoimento, Tamerson contou que após abandonar o corpo teria simulado conversas com amigas de Natalin que estavam preocupadas com seu sumiço. Em uma das conversas em que se passa pela jovem diz: “Desculpa eu deixar vocês preocupados, mas eu precisava fazer isso. Preciso de um tempo para voltar a ser o que era”. 

Após isso, Tamerson resetou o celular da esposa e o anunciou no Facebook pelo valor de R$ 3 mil. O militar ainda diz que ‘estava no seu limite’, que era constantemente humilhado pela esposa, e que cuidava sozinho da menina, que não era sua filha. O militar ainda revelou que o casal estava frequentando terapia de casal, e que há cinco meses não mantinham relação sexual.

Quando questionado sobre o nariz machucado e com sangue em Natalin, Tamerson disse que pode ter ocorrido na hora da queda da esposa no chão, após o mata-leão aplicado na jovem. Para a filha do casal, o militar contou que Natalin havia ficado doente e que tinha morrido no hospital.

 

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