Dupla acusada de matar mulher por engano a mando do PCC é absolvida em julgamento

Nesta quarta-feira (27), Kaio Humberto Gomes dos Santos e Flávio Vinícius Ferreira foram absolvidos do homicídio de Sônia Estela Flores, morta a tiros em 2020. Ela teria sido assassinada ‘por engano’, já que o alvo seria o esposo da vítima, que estava com ela no carro no momento do crime.

O Conselho de Sentença decidiu por absolver os réus do homicídio. No entanto, eles foram condenados por integrarem organização criminosa. Em sentença, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinou pena de 6 anos e 6 meses de prisão para Kaio e 6 anos e 45 dias para Flávio. Os dois cumprirão pena em regime semiaberto.

Outros integrantes da organização também acusados do crime foram absolvidos em júri, em novembro de 2021.

O marido, que estava com Sônia no dia do crime, afirmou na época que Kaio seria o autor dos disparos que mataram a vítima. Flávio também negou fazer parte da facção criminosa, e falou que conhecia o homem da infância, e que ele tinha uma rinha de galos.

Flávio ainda falou que não mandou matar ninguém e que na época do assassinato estava doente, com tuberculose.

Atitudes reprovadas pelo PCC

Na época, o alvo da execução seria o marido de Sônia, que teria praticado atitudes reprovadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), dentre elas o assassinato de um membro da organização, bem como ser suspeito de estupro. A mulher foi morta a tiros na Rua Adventor Divino de Almeida.

Na data dos fatos, um dos autores estava armado, a bordo de uma moto pilotada por Crevan. Eles se aproximaram do automóvel conduzido pelo alvo principal, que levava a esposa. No entanto, os pistoleiros erraram e acabaram matando a mulher a tiros. O marido dela estava jurado de morte, motivo pelo qual uma das lideranças deu a ordem de execução.

Ele arquitetou o plano de dentro do presídio e teria apoio de Sidnei, que monitorava a vítima. No dia do homicídio, informações sobre o paradeiro foram enviadas a Alisson, que também auxiliava no monitoramento, e ao autor que segue foragido, que foi o responsável por apontar onde o carro das vítimas estava.