Em plena luz do dia, drones arremessam drogas e celulares para detentos em presídio de MS

Entregas ocorriam à noite, mas situação é verificada também durante o banho de sol dos presos

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Drones estariam sendo usados pelo crime organizado.
Drones estariam sendo usados pelo crime organizado.

Drones estariam sendo utilizados pelo crime organizado para levarem drogas e celulares aos detentos do Presídio de Dourados, distante 236 km de Campo Grande. Um denunciante informou ao Jornal Midiamax que a situação tem sido corriqueira, inclusive, em plena luz do dia.

Ainda de acordo com a denúncia, o primeiro ‘disque drone’ foi feito em 2017, mas com o passar dos anos, a situação está cada vez mais constante. Nas últimas semanas, as ‘entregas’ teriam sido realizadas a noite e também em plena luz do dia, durante o banho de sol dos detentos. Os ‘disque drone’ supostamente acontecem de três a quatro fezes por dia.

 “A Agepen -Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul- já noticiou que tinha conseguido bloquear o sinal dos drones, mas a medida não foi eficiente, pois, na mesma semana, drones foram vistos. Os internos conseguiram burlar o sistema de bloqueio e as entregas não pararam”, disse o denunciante.

Ainda segundo a denúncia, já foram apreendidos drogas e celulares. Cada ‘disque drone’ leva em média de 5 a 8 aparelhos. A ‘carga’ seria muito lucrativa para as facções criminosas já que totalizam até R$ 4 mil por ‘viagem’.

O denunciante destaca que, se um drone é apreendido, no outro dia já tem outro aparelho sobrevoando o presídio.

“É um esquema muito lucrativo. Quando um drone é apreendido, logo já tem outro. Não tem guardas em todas as torres da unidade, o que favorece a entrada de ilícitos

A equipe de reportagem do Midiamax entrou em contato com a Agepen para saber se existe a possibilidade do problema ser solucionado na Penitenciária Estadual de Dourados. De acordo com o órgão, a utilização de drone para envio de materiais ilícitos em presídios é um problema que tem sido constatado em vários Estados do Brasil.

A Agepen explica que já sabia sobre o uso de drones para arremessos, sendo aparelhos, em algumas situações, interceptados pelos policiais penais, assim como a apreensão constante dos materiais que arremessam.

“Foi realizado o bloqueio via satélite de drones, por meio de solicitação à empresa responsável, semelhante ao sistema que é adotado em aeroportos. No entanto, existem modelos de drones que não obedecem a este bloqueio. Já existe uma verba aprovada pelo Fundo Penitenciário Nacional que será executada por meio de licitação realizada pela Agesul- Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos- que possibilitará outras melhorias na segurança da unidade penal, inclusive com telamento superior da área mais sensível da penitenciária”, disse a Agepen ao Midiamax.

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