Condenado por ajudar traficante e simular investigação, PM se torna réu por agiotagem
Ele se tornou réu em novo processo dias após a condenação por tráfico
Renata Portela –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Cabo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), de 40 anos, se tornou réu por emprestar dinheiro a juros em Campo Grande, crime de agiotagem. O caso foi denunciado à Corregedoria pelo comandante do batalhão em que o militar era lotado e comprovado após análise no celular do cabo.
Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), os crimes investigados aconteceram entre abril e junho de 2021. A partir de análise no celular do policial, foram identificadas as conversas em que pessoas pedem empréstimo de dinheiro, que depois seriam cobrados a juros.
No decorrer da investigação, as pessoas acabaram negando que o militar seria agiota. Mesmo assim, para o MPMS, as conversas “deixam claro que o policial militar atuava como agiota e, obviamente, sua função militar facilitava a cobrança dos valores emprestados as vítimas”. A denúncia foi oferecida em julho deste ano e recebida no dia 25 daquele mês, dias após o militar ser condenado em outro processo.
Réu condenado por ajudar traficante
Segundo relatado pelo MPMS, no dia 30 de outubro de 2020, equipe da Polícia Militar recebeu denúncia anônima sobre o bar, onde funcionava a boca de fumo. Os militares foram ao local e constataram que o estabelecimento ficava na frente da casa do PM.
Com isso, um dos policiais telefonou para o denunciado e perguntou se tinha alguma movimentação anormal no bar. Ele respondeu apenas que tinha uma pessoa no local, mas que já tinha saído dali. A equipe seguiu a pé e antes de entrar no bar conseguiu ver na prateleira um tablete de maconha, além de porções prontas para venda e consumo em um pote.
Outras porções de droga também foram encontradas e o traficante foi levado para a delegacia. O cabo então questionou se a equipe tinha apreendido o celular e disse que queria ter acesso ao aparelho, “para investigação”. A partir daí, os militares suspeitaram e os fatos foram levados para a Seção de Investigação e Inteligência da Corregedoria da PMMS.
Foi instaurado inquérito para investigação e no celular do traficante foram encontradas fotos que indicavam que o policial militar vizinho tinha conhecimento do tráfico de drogas, bem como ajudava. Ele recebia valores na conta corrente, sacava e entregava para o traficante ou transferia para terceiros.
No decorrer das investigações, o policial chegou a alegar que estava tentando reunir informações para fazer a prisão de quem fornecia a droga para o traficante. Porém, não existia documento relativo à tal investigação no batalhão. O militar foi denunciado por associação para o tráfico e a denúncia recebida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar.
Em julho deste ano, ele foi condenado a um ano de detenção, sendo a pena substituída pelo cumprimento de serviço comunitário e outras medidas cautelares. No entanto, entre elas está a medida de não poder ser preso ou processado criminalmente.
Notícias mais lidas agora
- Empresário morre ao ser atingido por máquina em obra de indústria em MS
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
Últimas Notícias
Em pizzaria de Campo Grande, mulher é agredida com garrafa de vidro pela cunhada
Às autoridades, a vítima disse que não iniciou a discussão e que por ser “temperamental”, a autora cometeu a agressão
Do Pantanal, Coronel Rabelo participa do Domingão do Huck neste domingo
Pantaneiro é reconhecido como transformador no mundo
Estabilidade financeira atrai candidatos no concurso dos Correios
Provas acontecem neste domingo em Campo Grande
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.