PM se torna réu por ajudar traficante e simular investigação em Campo Grande

Ele repassava dinheiro para o criminoso

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Cabo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) se tornou réu por associação para o tráfico, crime cometido entre os anos de 2019 e 2020 em Campo Grande, no Jardim Anache. Ele estaria auxiliando um traficante, que mantinha a ‘boca de fumo’ na frente da casa do militar.

Segundo relatado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 30 de outubro de 2020, equipe da Polícia Militar recebeu denúncia anônima sobre o bar, onde funcionava a boca de fumo. Os militares foram ao local e constataram que o estabelecimento ficava na frente da casa do PM.

Com isso, um dos policiais telefonou para o denunciado e perguntou se tinha alguma movimentação anormal no bar. Ele respondeu apenas que tinha uma pessoa no local, mas que já tinha saído dali. A equipe seguiu a pé e antes de entrar no bar conseguiu ver na prateleira um tablete de maconha, além de porções prontas para venda e consumo em um pote.

Outras porções de droga também foram encontradas e o traficante foi levado para a delegacia. O cabo então questionou se a equipe tinha apreendido o celular e disse que queria ter acesso ao aparelho, “para investigação”. A partir daí, os militares suspeitaram e os fatos foram levados para a Seção de Investigação e Inteligência da Corregedoria da PMMS.

Foi instaurado inquérito para investigação e no celular do traficante foram encontradas fotos que indicavam que o policial militar vizinho tinha conhecimento do tráfico de drogas, bem como ajudava. Ele recebia valores na conta-corrente, sacava e entregava para o traficante ou transferia para terceiros.

No decorrer das investigações, o policial chegou a alegar que estava tentando reunir informações para fazer a prisão de quem fornecia a droga para o traficante. Porém, não existia documento relativo à tal investigação no batalhão. O militar foi denunciado por associação para o tráfico e a denúncia recebida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar.

Está marcada para o fim de janeiro a oitiva de testemunhas sobre o caso.  

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