Acusado de matar Pâmela Silveira Saturnino, de 17 anos, com tiro à queima-roupa em fevereiro de 2021, Emerson Rabello Ferreira, de 24 anos, vai a júri popular. A determinação é da juíza Silvia Tedardi da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital, e foi publicada no Diário da Justiça nesta segunda-feira (24). O namorado da adolescente, Marcos Henrique Sanches Echeverria, de 23 anos, foi absolvido dos crimes de tentativa de homicídio, pois foi entendido que ele agiu em legítima defesa.

Além disso, a juíza também determinou que Emerson deverá continuar preso até que passe pelo Tribunal do Júri — ainda sem data marcada. A magistrada considerou que Emerson “permaneceu preso durante a instrução processual e os motivos que ensejaram na prisão preventiva do acusado ainda persistem, especialmente porque se trata de réu reincidente em crime doloso e com outras ações penais em andamento, de modo que sua soltura representa risco à ordem pública”.

A prisão em flagrante do namorado da vítima, Marcos Henrique Sanches Echeverria, de 23 anos, foi convertida em prisão preventiva, em fevereiro do ano passado. Contudo, a decisão foi revogada nesta segunda-feira (25). A defesa de Marcos já havia tentado revogação e substituição por prisão domiciliar, mas foi negado no dia 5 de março pelo juiz Claudio Muller Pareja, que à época entendeu que o acusado já tinha duas condenações de várias passagens por atos infracionais quando adolescente.

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(Foto: Reprodução/ Sidrolândia News)

Troca de tiros e homicídio

O crime teria ocorrido após discussão entre Emerson Rebello Ferreira, 23 anos, preso no dia 3 de março, e Marcos Henrique. Segundo a polícia, o crime aconteceu na madrugada do dia 14 de fevereiro, na frente de uma conveniência. Há suspeita de que Pâmela estivesse grávida.

Os dois rapazes teriam discutido e trocado tiros, sendo que Marcos estava em um VW Gol, acompanhado da namorada, e Emerson estaria acompanhado de um adolescente de 17 anos, também suspeito de ter atirado.

O crime teria ocorrido devido a uma discussão entre Emerson e Marcos. Os dois possuem passagens, de acordo com a Polícia Civil. Durante a discussão, houve uma troca de tiros e todos ficaram feridos, mas Pâmela foi a única que não resistiu.

Ainda segundo apurado, Emerson, durante a discussão, debruçou-se na porta onde estava Pâmela, se afastou e atirou à queima-roupa contra a cabeça da adolescente. Posteriormente, então ocorreu a troca de tiros.

Marcos chegou a ficar internado na Santa Casa de Campo Grande, sob escolta policial, já detido em flagrante. Emerson foi preso após cumprimento de mandado. O adolescente de 17 anos chegou a assumir a autoria do assassinato da jovem, para tentar livrar Emerson, que no dia do crime foi apontado como vítima e liberado.

A verdadeira autoria do crime foi descoberta após o depoimento de uma amiga de Pâmela, que estava no banco de trás do Gol quando ela foi executada.