Suboficial paraguaio que estaria ligado a ‘Chicharô’ é executado na fronteira de MS

Policial seria segunda pessoa ligada a Chicharô morto após sua execução, em agosto

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Morreu após ser atingido a tiros na manhã desta terça-feira (12) o suboficial da polícia paraguaia Pastor Miltos, no departamento de Amambay, Paraguai. Ele estaria ligado ao suplente de deputado Carlos Rubén Sánchez Garcete, conhecido como Chicharô, morto fuzilado com centenas de tiros no dia 7 de agosto deste ano, durante briga pelo domínio territorial em Capitán Bado, divisa de Coronel Sapucaia com Pedro Juan Caballero.

Uma outra pessoa teria ficado ferida no tiroteiro, ocorrido por volta das 11h20. Os dois foram tranferidos em estado grave para o Hospital Regional da cidade de Santa Rosa de Lima, no departamento de San Pedro. Miltos atuava como subchefe do subcomissário nº 5, de Coronel Yukyry Guazu.

O suboficial poderia estar ligado a Chicarô e, caso confirmado, seria a segunda vítima morta após sua execução. No dia 9 de setembro, Elio Amarilla Leiva, de 32 anos, foi morto por atiradores que estariam em uma caminhonete, e ele seria ex-funcionário do suplente.

Morte encomendada por US$ 1 milhão

A briga pelo domínio territorial em cidade como Capitan Bado, na divisa com Coronel Sapucaia e Pedro Juan Caballero, que faz fronteira seca com Ponta Porã, segundo investigadores da Polícia Nacional do Paraguai, foi pelo oferecimento de uma recompensa pela morte do político, que estaria ligado ao narcotráfico internacional. Há rumores de que a cabeça de ‘Chicharô’ teria sido encomenda por US$ 1 milhão de dólares.

Carlos Rubén Sánchez Garcete foi fuzilado com centenas de tiros dentro de sua própria residência. Ainda segundo informações obtidas pelo ABC Color, a execução do político aconteceu em virtude de uma traição orquestrada por uma pessoa que estaria participando de uma festa iniciada na noite de sexta-feira (6).

Na linha investigativa que está sendo tomada pela polícia paraguaia, os pistoleiros que atacaram a propriedade fortificada de ‘Chicharô’, sabiam o momento exato e o local onde seus três guardas civis deveriam estar. O esconderijo onde o político se refugiou nos últimos tempos está localizada na esquina das ruas Aquidabán e Mariscal López no bairro Mariscal Estigarribia da capital Amambay.

O local possui um muro de cerca de 3 metros e meio de altura, além de uma cerca eletrificada, a porta de entrada possui grelha e dupla blindagem com chapa de aço. A entrada do imóvel, que é totalmente monitorada por câmeras de TV, tem dois portões aéreos à prova de balas com um espaço de 20 metros entre um e o outro.

Segundo os investigadores, no início de 2019, ‘Chicharô’ se envolveu em uma sangrenta guerra entre facções mafiosas de sua cidade natal, Capitán Bado, contra membros da família Ruiz Díaz, em decorrência de um problema que tinham com um cartel boliviano. Na época, ele teria ordenado a morte dos irmãos Martimiano, 51 anos, e Calixto Ruiz Díaz Arévalos, de 50.

Passados 42 dias após a morte dos irmãos, o suplente de deputado teria sido emboscado em um tiroteio em um local conhecido como Cantera Cue, na cidade de Piray, distrito de Capitán Bado. Naquela ocasião, o suposto narcotraficante e político colorado conseguiu escapar graças à blindagem de sua caminhonete e se escondeu em um morro até ser resgatado por um grupo.

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