Sem veículo, polícia investiga como PRF chegou ao local onde foi encontrado morto
Corpo estava em terreno nas margens da MS-040
Arquivo –
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A morte do policial rodoviário federal Tony Emerson Moretto segue em investigação, inicialmente tratada como suicídio. Nesta quinta-feira (2), quatro dias após o corpo do PRF ser encontrado nas margens da MS-040, foi esclarecido que não havia marca de tiro no agente e também que nenhum veículo ou arma foram encontrados no local.
Segundo o delegado Nilson Friedrich, da 4ª Delegacia de Polícia Civil e responsável pelas investigações do caso, é apurado como o PRF chegou ao local onde foi encontrado morto. Isso, porque nenhum veículo foi localizado na região, que fica na área sul de Campo Grande, já fora da cidade. Também não havia nenhuma arma com o agente.
Com isso, não é descartado envolvimento de outras pessoas e o caso segue em investigação.
Exame toxicológico
Segundo o delegado Nilson, foram feitas diligências, exames periciais e testemunhas também foram ouvidas. Foi constatado nos laudos que o corpo não tinha sinais de luta corporal, nem mesmo marca de disparo de arma de fogo.
O exame necroscópico não constatou lesão corporal externa, nem mesmo marcas de luta. Assim, será feito exame toxicológico, para tentar identificar a causa da morte do policial.
Celular encontrado
Conforme apurado pelo Midiamax, um cobrador teria encontrado o aparelho celular do PRF, um iPhone. Ele carregou o celular e recebeu duas ligações de uma pessoa, que dizia conhecer o proprietário. Foi tentado marcar um local para entregar o aparelho, mas ao saber que era de Tony, o homem disse que entregaria na delegacia. O aparelho deve ser periciado.
Carro rastreado e tiros no motel
A ex-mulher do policial disse em depoimento que ficou casada com o autor por três anos e conviveu com ele por nove anos, mas que estavam em processo de separação. Ela ainda contou que nunca havia registrado um boletim de ocorrência anterior contra o ex-marido.
Ainda segundo a mulher, o carro dela foi rastreado pelo policial rodoviário federal até o motel. O PRF estava em um veículo Virtus, de cor branca. Ele deixou o carro em frente ao estabelecimento e entrou a pé pelo portão da saída com duas armas de fogo.
Ao identificar o quarto em que as vítimas estavam, fez os disparos contra o acompanhante dela, atingido na boca. Tiros também atingiram o carro da mulher, agredida com várias coronhadas pelo agente federal.
O caso foi registrado como homicídio na forma tentada e feminicídio na forma tentada. O celular do homem ferido a tiros foi apreendido para perícia, assim como o carro que estava no motel.
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