Presa desde o último domingo (28), Mikaelly da Costa Martinez, de 25 anos, usava nomes falsos para entrar em boates e atrair clientes no (RJ). A transexual nascida em Mato Grosso do Sul, que chegou a ser coroada Brasil Trans em 2019, atraía as vítimas para motéis, onde as dopava e roubava pertences.

O delegado Leandro Gontijo, titular da 16ª Delegacia do Rio, da Barra da Tijuca, relatou que Mikaelly já estava na lista vermelha de casas noturnas da capital carioca. Ou seja, a entrada dela era proibida. Mesmo assim, ela se identificava com outros nomes. Em um bar ela chegou a dizer que se chamava Poliana Coutinho, usando dados falsos.

Conforme o portal O Globo, o mandado de prisão cumprido contra Mikaelly foi pelo roubo contra um cliente que ela conheceu em 16 de julho, na Barra. O homem contou que a suspeita o chamou para ir embora, quando ele estava na fila da saída. Os dois entraram no carro da vítima e seguiram para um na Barrinha.

Já no estabelecimento, a suspeita deu uma lata de cerveja para a vítima, com algum tipo de substância. O rapaz lembra que só recorda do momento em que percebeu que estava sem a carteira e o celular. Ele questionou Mikaelly e ela disse que chamaria outra amiga para ir até o quarto.

No entanto, o comparsa Alexandre Porto Furtado Júnior, que está foragido, foi ao local. A vítima acusou a transexual de roubo e, após o crime, ela saiu correndo e fugiu em um carro de aplicativo. Ao pagar a conta do motel, o rapaz percebeu que ela tinha levado os três cartões roubados.

Além disso, no dia seguinte foram feitas transações de R$ 6 mil e uma tentativa de empréstimo de R$ 5 mil em nome do rapaz. Em outra investigação, Mikaelly é acusada de crime semelhante, quando teria feito Pix para a conta dos criminosos. A polícia identificou que ela usa vários nomes, o que dificulta a investigação.

Só em Mato Grosso do Sul, a acusada tem ao menos 17 anotações criminais por furto, dano e receptação. Em 2015, ela foi presa em flagrante pelo homicídio da travesti Verônica Bismark, Douglas dos Santos Pinheiro, em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande. Mikaelly ainda é investigada por crimes em São Paulo e Santa Catarina. Após a prisão, ela perdeu o título de Miss.